Com aumento de tributos, governo espera arrecadar R$ 10,4 bilhões este ano

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Do Congresso em Foco

O governo anunciou nesta sexta-feira (21) que o aumento das alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol, resultará em uma arrecadação no valor de R$ 10,4 bilhões até o final deste ano. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que o governo precisou utilizar “as alíquotas máximas previstas em lei”.

“Isso acarretará em um ganho da ordem de 10,4 bilhões, a contar a partir de hoje até o final do ano. É uma medida importante tendo em vista o equilíbrio das contas”, afirmou ele. O aval do governo na tributação sobre o combustível elevará R$ 0,41 no litro no preço da gasolina. A tributação sobre o diesel subirá em R$ 0,21 e ficará em R$ 0,46 por litro do combustível. Já a tributação sobre o etanol subirá R$ 0,20 por litro. O anúncio das medidas foi realizado na manhã desta sexta-feira (21), no Ministério do Planejamento.

O tributo também será acrecido pela Cide, que é uma contribuição, e custa R$ 0,10 por litro. Com o aumento os brasileiros vão pagar R$ 0,89 de imposto por litro de combustível. O aumento será para as refinarias e importadores e, no caso do etanol, para produtores e distribuidores, e, posteriormente, será repassado aos postos e consumidores.

Entre as medidas, além do aumento dos impostos sobre combustíveis, o governo também determinou um bloqueio adicional de R$ 5,9 bilhões em gastos no orçamento federal. O objetivo, segundo a equipe econômica, é tentar conter o rombo orçamentário e, consequentemente, o crescimento da dívida pública, bem como o próprio equilíbrio das contas públicas.

Os tributos cobrados sobre a gasolina, o etanol e o diesel já implicarão aumento nesta sexta-feira (20), a partir da publicação do decreto em edição extra do Diário Oficial da União.

Governo mantém PIB

A equipe econômica do governo também manteve em 0,5% a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país. A previsão consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, lançado a cada dois meses. A previsão do mercado é de que o crescimento fique em 0,34%. Em 2016, o PIB teve queda de 3,6%.

O relatório apresenta os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com novos limites de gastos para cada ministério ou órgão federal.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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