Ao contrário de sua antecessora Dilma Rousseff (PT), que em todos os anos de seu primeiro mandato utilizou o pronunciamento aos trabalhadores por meio de rede nacional de rádio e TV, o presidente Michel Temer usou as redes sociais em seu primeiro recado aos trabalhadores, neste 1º de maio. O gesto, no entanto, se assemelha aos últimos dois anos de Dilma no governo, quando também escolheu as redes sociais para enviar mensagem ao trabalhador devido sua baixa popularidade e os sucessivos panelaços – feitos por milhares de brasileiros quando a petista utilizava o meio nacional.
Boa parte de sua baixa popularidade se deve às recentes reformas trabalhista e previdenciária enviadas ao Congresso Nacional. Como defesa, o discurso em prol da reforma trabalhista permeou boa parte dos pouco mais de três minutos de fala em vídeo dedicado aos trabalhadores. Para ele, a proposta faz do 1º de Maio deste ano um “momento histórico”.
“Iniciamos nova fase, uma fase em favor do emprego. Estamos fazendo a modernização das leis trabalhistas e você terá inúmeras vantagens. Primeiro, vamos criar mais empregos. Segundo, todos os seus direitos trabalhistas estão assegurados”, diz Temer, que afirma ainda que a nova legislação criará emprego para os jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os temporários.
“Com a modernização trabalhista aprovada pela Câmara dos Deputados, a criação de postos de trabalho, inclusive para os jovens, ocorrerá de forma muito mais rápida. A nova lei garante empregos não só para os empregos diretos, mas também para os temporários e terceirizados”, defende.
Em um dos pontos mais críticos da reforma, que trata do negociado sobre o legislado, ele ressalta que a proposta permitirá que empresários e trabalhadores negociem “acordos coletivos de maneira livre e soberana”.
No vídeo, Temer lembra que seu governo autorizou os trabalhadores a sacarem saldos de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e fala sobre o recém-criado “Cartão Reforma”, programa lançado em seu governo. “Não é um empréstimo. É um dinheiro para você, que não terá que devolver”.