Com baixa popularidade, Temer usou redes sociais para enviar mensagem ao trabalhado

Ao contrário de sua antecessora Dilma Rousseff (PT), que em todos os anos de seu primeiro mandato utilizou o pronunciamento aos trabalhadores por meio de rede nacional de rádio e TV, o presidente Michel Temer usou as redes sociais em seu primeiro recado aos trabalhadores, neste 1º de maio. O gesto, no entanto, se assemelha aos últimos dois anos de Dilma no governo, quando também escolheu as redes sociais para enviar mensagem ao trabalhador devido sua baixa popularidade e os sucessivos panelaços – feitos por milhares de brasileiros quando a petista utilizava o meio nacional.

No domingo, (30), uma pesquisa feita pelo Datafolha revelou que a impopularidade do governo Michel Temer já se compara com a da ex-presidente Dilma Rousseff às vésperas da abertura do processo de impeachment. De acordo com o estudo, 61% das pessoas sondadas avaliam a gestão do atual presidente da República como péssima ou ruim e apenas  9% avaliam como ótimo ou bom.

Boa parte de sua baixa popularidade se deve às recentes reformas trabalhista e previdenciária enviadas ao Congresso Nacional. Como defesa, o discurso em prol da reforma trabalhista permeou boa parte dos pouco mais de três minutos de fala em vídeo dedicado aos trabalhadores.  Para ele, a proposta faz do 1º de Maio deste ano um “momento histórico”.

“Iniciamos nova fase, uma fase em favor do emprego. Estamos fazendo a modernização das leis trabalhistas e você terá inúmeras vantagens. Primeiro, vamos criar mais empregos. Segundo, todos os seus direitos trabalhistas estão assegurados”, diz Temer, que afirma ainda que a nova legislação criará emprego para os jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os temporários.

“Com a modernização trabalhista aprovada pela Câmara dos Deputados, a criação de postos de trabalho, inclusive para os jovens, ocorrerá de forma muito mais rápida. A nova lei garante empregos não só para os empregos diretos, mas também para os temporários e terceirizados”, defende.

Em um dos pontos mais críticos da reforma, que trata do negociado sobre o legislado, ele ressalta que a proposta permitirá que empresários e trabalhadores negociem “acordos coletivos de maneira livre e soberana”.

No vídeo, Temer lembra que seu governo autorizou os trabalhadores a sacarem saldos de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e fala sobre o recém-criado “Cartão Reforma”, programa lançado em seu governo. “Não é um empréstimo. É um dinheiro para você, que não terá que devolver”.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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