O estado de Pernambuco vive, sob a gestão do governador Paulo Câmara, o ano mais violento de toda história. Infelizmente, em dez meses de 2017 já foram cometidos 4.576 assassinatos, superando os 4.479 registrados no ano. Considerando a média de 450 homicídios cometidos por mês em 2017, o ano deve encerrar com um total próximo a 5.500 crimes letais intencionais, a pior marca desde 2004, primeiro ano com dados disponíveis na base pública de dados da Secretaria de Defesa Social.
De acordo com o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os números refletem a falta de uma política pública de segurança e o fracasso das ações pontuais adotadas pelo governo do Estado. “Os dados da própria SDS mostram a incapacidade do governo Paulo Câmara de combater a criminalidade. Já estamos no terceiro secretário de Defesa Social sem que nenhuma uma política de segurança tenha sido apresentada à sociedade. Nos últimos 12 meses foi registrada uma média de 57,6 mortes a cada grupo de 100 mil habitantes, quase seis vezes o máximo tolerado pela ONU (10/100 mil). A situação fica mais crítica a cada dia por causa da resistência do governo em aceitar sugestões”, criticou o parlamentar.
Silvio destaca que, além dos homicídios, outros indicadores de criminalidade mostram a situação de abandono que o povo pernambucano enfrenta. Entre janeiro e outubro foram registrados 102,9 crimes violentos contra o patrimônio, 27 mil casos de violência doméstica contra a mulher e quase 2 mil casos de estupro. “Não adianta mudar a metodologia na divulgação dos índices de violência, diminuir a transparência e camuflar o debate, os números apenas confirmam o que a população sente nas ruas, que é o crescimento dos assassinatos, dos assaltos a ônibus, dos casos de roubos e furtos e da violência contra a mulher”, disse.
Para o líder da Oposição, é importante que o governo reconheça a gravidade da situação e retome o diálogo com a sociedade. “Esperamos que o governador Paulo Câmara reconheça que as ações de seu governo não estão dando resultados e que ele tenha a humildade de ouvir quem está disposto a contribuir para mudar esse quadro, como os deputados da oposição, a OAB, Ministério Público, movimentos sociais, religiosos e o mundo acadêmico. O momento é de união de toda a sociedade na construção de um plano eficaz de redução da violência”, defendeu.