Pedro Augusto
Representantes da Compesa reuniram a imprensa de Caruaru, na tarde de ontem (23), na Acic, para anunciar uma notícia nada agradável às populações que são abastecidas pela Barragem de Jucazinho. Se a situação já se encontrava difícil deverá ficar ainda pior com a intensificação do racionamento de água nos lares de 15 municípios da região Agreste. A justificativa, de acordo com o presidente e diretor da companhia respectivamente Roberto Tavares e Leonardo Selva, se deveu ao fato das chuvas terem caído em menor proporção neste início de ano. Se no dia 1º de abril de 2014, o volume de água da barragem marcava 100.875.462 metros cúbicos, em igual data de 2015 a soma não passava dos 25.715.521 metros cúbicos.
Na prática, isso que dizer que atualmente a Barragem de Jucazinho está operando com apenas 7% de sua capacidade total. “Para se ter ideia, ela tem condições de comportar um quantitativo de água de cerca de 160.000.000 metros cúbicos, porém hoje o volume total encontra-se muito abaixo do necessário. Já vínhamos realizando racionamento nas cidades que são abastecidas por ela, porém diante do agravamento da situação tivemos de aumentá-lo. Com a diminuição da retirada de água da barragem, a expectativa é que em vez dela terminar em um mês agora poderá acabar em quatro. Esperaremos o ciclo chuvoso finalizar para sabermos se conseguiremos acumular água para ser utilizada até o próximo ano”, explicou Leonardo Selva.
Abastecida pela barragem, a Capital do Agreste também terá o seu sistema de racionamento intensificado a partir desta sexta-feira (1º). “Estamos vivenciando há pelo menos quatro anos no nosso estado uma seca bastante severa, então, precisamos nos adaptar. Além das ações colocadas em prática pela Compesa, também é necessário que as populações abastecidas por Jucazinho se conscientize e tente poupar água. Casos de desperdício precisam ser denunciados com maior freqüência bem como os hábitos de consumo têm de mudar. Observamos que hoje muitas pessoas não vivem sem o celular e costumam pagar contas caras pelo serviço, mas em relação à utilização da água não dão o mesmo valor. Isso precisa acabar, porque senão o abastecimento entrará em colapso”, destacou Roberto Tavares.