Com a preocupação de posicionar a Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa como referência no desenvolvimento sustentável, na perspectiva de melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos, foi realizada na manhã de hoje (19), no Centro Administrativo da Compesa, em Santo Amaro, uma reunião do Comitê de Sustentabilidade da Câmara Americana de Comércio para o Brasil, a Amcham-Brasil – Unidade Recife. Esta foi a primeira vez que a companhia sediou o encontro, que acontece a cada dois meses, e contou com a participação de representantes de empresas de diversos setores do Estado preocupadas com a questão da sustentabilidade e interessadas em conhecer os programas estruturadores de saneamento para Pernambuco.
Para o diretor de Articulação e Meio Ambiente da Compesa, Aldo Santos, que assumiu recentemente a vice-presidência da Amcham-Brasil – Unidade Recife, é muito importante “abrir as portas” para iniciativas como essa que buscam esclarecer a visão de sustentabilidade da companhia. “A Compesa busca expor para a sociedade o seu compromisso com as questões ambientais e sociais, e integrar esse comitê é fundamental para que conheçamos novos conteúdos, técnicas e experiências de outras áreas que possam somar à nossa atuação. É nossa preocupação que toda operação para tratamento de água e esgoto atenda as normativas ambientais. Até o final deste ano, teremos 15 unidades com o padrão de qualidade exigido pela Certificação ISO 14001/2015”, contextualiza.
O diretor do Comitê no Recife, Tiago Andrade, observa que o Estado tem poucos líderes que atuam na área de responsabilidade socioambiental, por isso a reunião foi importante para sensibilizar os empresários para as questões ambientais e ampliar o debate acerca da sustentabilidade. “O comitê é um ambiente de negócio que favorece o networking e novas parcerias empresariais. E essa reunião foi extremamente positiva. A gente falou de programas estruturadores para um público formador de opinião, proporcionando um maior conhecimento sobre os projetos e ações da Compesa”, avalia Tiago Andrade.
Nos últimos dez anos, a companhia realizou um volume alto de investimentos em obras de expansão e melhorias de saneamento no Estado. Só em 2017, a previsão é que os investimentos alcancem R$ 800 milhões. O diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barreto, apresentou para o grupo os projetos de saneamento estratégicos para Pernambuco, como a Adutora do Agreste, a implantação de adutoras a partir da Transposição do Rio São Francisco e a ampliação do Sistema Adutor do Oeste. Para ampliar a cobertura do esgotamento sanitário no interior do Estado, dois programas são executados, com financiamento de bancos internacionais (BID e Banco Mundial), para beneficiar as cidades localizadas nas bacias dos rios Ipojuca e Capibaribe. “Esses programas visam reduzir a poluição dos rios, por isso já foram pensados para estruturar núcleos de manutenção dos sistemas e laboratórios para monitoramento daqualidade da água dos rios”, pontua Ricardo Barretto, que também abordou o Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), cujos estudos de alternativas para avançar no esgotamento sanitário em Pernambuco já devem apontar um modelo de negócio para licitação no primeiro semestre de 2018.
Na Região Metropolitana do Recife e em Goiana, na Zona da Mata Norte, Ricardo Baretto lembrou que está em andamento o Programa Cidade Saneada, a Parceria Público-Privada (PPP) firmada entre a Compesa e a BRK Ambiental, que vai ampliar a cobertura de esgotamento sanitário de 30% para 90% nessas cidades. O programa prevê a implantação de 41 sistemas de esgotamento sanitário e um investimento, em valores atualizados, que chegam a R$ 6 bilhões – recursos privados e públicos. Já foram recuperadas 150 unidades operacionais e 1.200 quilômetros de rede de esgoto. Em 2013, quando iniciou o programa, eram tratados 540 litros de esgoto, por segundo, na RMR. Neste ano, esse volume aumentou para 1.134 l/s.