Completando 60 anos de regulamentação, corretor de imóveis cresce no Brasil

Surgida ainda durante o reinado de Dom João IV, a profissão de corretor de imóveis chega a 60 anos regulamentação no Brasil no próximo dia 27. A atividade é uma das mais antigas no país e das que mais cresce. O número de pessoas que atuam no segmento subiu de 390 mil para 430 mil, comparando os anos de 2020 e 2021. É um crescimento de 11%, de acordo com o Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

A MRV, do grupo MRV&CO, é uma das que empresas que impacta nesse mercado. No país, são aproximadamente três mil corretores credenciados. Em Pernambuco, o número ultrapassa os 100, e ainda há mais 20 abertas no estado. O credenciamento acontece para o Grande Recife e Caruaru e contempla profissionais que tenham Ensino Médio completo e vivência na área comercial, não necessariamente no setor de imóveis, mas é fundamental terem espírito empreendedor, perfil com iniciativa e comprometimento com o negócio.

Dentro do escopo do serviço que será prestado pelos corretores credenciados estão a prospecção, agendamento, atendimento e acompanhamento do cliente em todo o processo de compra de um imóvel. Para atuação na área é obrigatório ter registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), órgão responsável pela fiscalização do trabalho dos corretores e das imobiliárias. Diante disso, a MRV oferece suporte para esses profissionais atuarem neste mercado. Quem tiver interesse deve enviar currículo pelo e-mail meyrianne.barros@mrv.com.br.

Mudança de vida – Uma das pessoas que atua como corretor é Jediael Lemos, hoje com 34 anos. Em 2017, ainda trabalhando no ramo de varejo, ele viu na atividade a oportunidade de mudar de vida. “Minha família é de comerciantes e eu sempre estive ali, aprendendo algumas coisas, mesmo sem saber que utilizava algumas técnicas, já tinha essa experiência de trabalhar com o público”, explica. Apesar de não haver uma formação específica, a exemplo de outras carreiras, migrar para a corretagem demanda também muito estudo e dedicação.

“Antes de começar, pesquisei muito e procurei me diferenciar. Eu achava que era apenas vender o imóvel e registar no cartório, mas não era por aí”, relembra. Técnica, domínio de documentação, legislação estão entre as disciplinas estudadas. “Sempre reforço que cada corretor precisa ter a sua própria identidade e que deem suporte a seus clientes, tanto no pré quanto no pós-venda. O começo não foi fácil, mas hoje estou realizado e conquistando bom volume de comercialização todos os meses”, comenta o corretor.

A construtora oferece ainda aos corretores autônomos credenciados e demais prestadores estrutura para o desenvolvimento das atividades, como internet, telefone fixo, leads qualificados, ferramentas para auxiliar durante a venda e o acompanhamento de um corretor coach. A atuação é flexível e o profissional tem boas possibilidades de rendimento, pois os ganhos são proporcionais ao desempenho nas vendas.

Outra vantagem é a participação no “MRV Mais”, iniciativa que concede aos corretores autônomos cadastrados no programa ganhos extras, calculados com base no total das vendas realizadas, descontos em mais de 30 mil estabelecimentos comerciais, reembolso da anuidade do CRECI, Gympass, dentre outros benefícios.

História – Segundo o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), surgiu em 1808, quando trabalhavam exclusivamente para o Rei Dom João IV, mas apenas em 1937 a profissão foi ganhou o seu primeiro sindicato, no estado do Rio Grande do Sul. Só em 27 agosto de 1962, foi promulgada da Lei Nº. 4116, de 27/08/62, que possibilitou a criação do Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis. A data segue como um marco importante, não só para a profissão, mas também para todo o setor imobiliário.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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