O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Pernambuco, que afere a percepção dos empresários do comércio sobre a propensão atual e futura para investimentos em curto e médio prazo, mostrou alta após cinco quedas consecutivas. O ICEC cresceu 10,1% entre julho e agosto, saindo de 72,4 para 79,7 pontos. O indicador já havia mostrado menor intensidade nas duas variações negativas anteriores. A expectativa para agosto, portanto, era alta visto que seria o primeiro mês após início da reabertura dos estabelecimentos não essenciais além de uma data comemorativa, o Dia dos Pais.
O aumento do indicador reflete os números positivos do movimento das vendas iniciado a partir de maio, quando o volume cresceu 10,2% em Pernambuco, com continuidade em junho, visto que a intensidade do consumo continuou alto e propiciou desempenho de 10,3%. Dentre os segmentos que vem puxando esta recuperação estão os de eletrodoméstico, móveis (puxados pela necessidade da montagem dos escritórios home office) e construção. Serviços e indústria também vem apresentando resultados superiores aos projetados no início da pandemia.
Apesar de os números mostrarem uma recuperação mais rápida em relação as perdas durante o período mais intenso da pandemia, a grande maioria dos indicadores ainda mostram variação negativa quando comparado com o mesmo período do ano anterior. A confiança do empresário do comércio apresenta queda de 23,6% quando o comparativo é com agosto de 2019, o que aponta para o fato de que a probabilidade da queda da maioria dos indicadores em relação ao ano passado ainda é alta.
Para o próximo mês, os pesquisadores esperam que a confiança apresente estabilidade, visto que setembro não apresenta data significativa para o setor e ainda terá um feriado nacional, o que encurta os dias úteis e reduz o volume de vendas da semana em que o feriado está presente. Já para o segundo semestre, e em especial o último trimestre do ano, a expectativa é de recuperação mais acentuada das vendas e da confiança do setor, podendo melhorar as projeções de queda ainda para 2020.