A confiança dos pequenos e médios empresários brasileiros permaneceu praticamente estável para os próximos três meses, ao registrar 65,2 pontos, uma variação de 0,2% quando comparado com o trimestre diretamente antecessor. A projeção é do Índice de Confiança do Pequeno e Médio Empresário (IC-PMN), indicador elaborado pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, com apoio do Santander.
“Analisado o resultado do terceiro trimestre, em conjunto o primeiro semestre de 2017, sugere que a atividade econômica estabilizou. O que não deixa de ser uma boa notícia. Podemos interpretar esse resultado como uma pausa que o pequeno e médio empresário está fazendo para analisar com mais calma a evolução do cenário econômico”, afirmou Gino Olivares, professor e pesquisador responsável pelo IC-PMN.
Mais confiantes, empresários do Centro-Oeste foram os responsáveis pela ascensão do IC-PMN no período, ao somar 67,8 pontos, variação positiva de 4,7% na comparação com o segundo trimestre. A região Sul obteve a segunda maior alta, ao somar 65,7 pontos crescimento de 3%. O otimismo dos empresários também foi identificado nas regiões Nordeste (65 pontos, alta de 2%) seguida do Norte (69,1 pontos, com variação positiva de 1,8%). Na contramão das projeções positivas, o resultado na região Sudeste foi de queda, ao atingir 64,1 pontos, variação de – 2,5%.
Na avaliação por setores da economia, a expectativa de melhora foi acompanhada em Serviços, com 65,8 pontos (alta de 1,9%). A categoria Indústria permaneceu estável com uma variação de 0,2% para cima, ao registrar 65,17 pontos. Já o indicador Comércio sofreu uma pequena retração de 0,7%, 64,9 pontos, nas comparações diretas com o segundo trimestre de 2017.
Ao serem questionados sobre a categoria Empregados, os pequenos e médios empresários demonstraram mais otimismo, com alta de 2,1% ao somar 58,13 pontos, na comparação com o segundo trimestre de 2017. O resultado positivo também ocorreu no quesito Lucro, (69,9 pontos, crescimento de 1,3%). Em relação aos Investimentos, o indicador sofreu ligeira alta de 0,8%, com total de 61,7 pontos, seguido por Faturamento com 0,6% (70,8 pontos), e na categoria Ramo o indicador manteve o patamar de estabilidade, com variação de 0,2%, para cima (68 pontos). Já na avaliação sobre Economia, o IC-PMN registrou a maior queda no período, de -3,5%, total de 62,3%. Todas variações comparadas com os três meses antecessores.
Os dados do IC-PMN foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1.292 pequenos e médios empresários de todo o País, dos setores da indústria, comércio e serviços. A margem de erro do índice é de 1,4% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.