A decisão do PT nacional pela candidatura própria a prefeitura do Recife representada pela deputada federal Marília Arraes, ainda que contrariando o diretório municipal do partido que quer a aliança com o PSB, mexe diretamente no jogo da eleição do Recife. Com Marília no páreo, a oposição precisará chegar a um denominador comum sob pena de ter que assistir de camarote uma polarização entre João Campos e Marília Arraes, dois herdeiros de Miguel Arraes e jovens expoentes da esquerda.
De acordo com um parlamentar oposicionista em reserva, Mendonça Filho e Daniel Coelho precisam deixar a vaidade de lado, pois tiveram oportunidades de disputar eleições majoritárias e foram sumariamente rejeitados pelo eleitorado, e apoiar um projeto que tem conquistado parte significativa da classe média, que é o da delegada Patrícia Domingos, do Podemos.
Para este mesmo parlamentar, quanto mais tempo a oposição ficar na indefinição sobre a estratégia adotada, menos chance terá de chegar a um segundo turno, e se Daniel e Mendonça levarem adiante suas pré-candidaturas, a direita caminhará a passos largos para uma nova derrota na capital pernambucana.
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