O Grupo LATAM, maior grupo de companhias aéreas da América Latina, contratou a Oxford Economics, uma das maiores consultorias econômicas do mundo, para conduzir uma análise de impacto econômico para a implementação do primeiro hub (centro de conexões de voos) doméstico e internacional no Nordeste do Brasil. O levantamento faz parte das análises conduzidas pelo Grupo, que consideram três cidades: Fortaleza, Natal e Recife. A análise traz uma visão consistente sobre a participação de cada cidade na iniciativa, com a compreensão do valor gerado para todo o Nordeste.
“A avaliação do impacto econômico para a implementação do hub no Nordeste demonstra que estamos no caminho certo em acreditar no potencial de desenvolvimento do Nordeste do Brasil. Os números apresentados são bastante promissores e reforçam nossa confiança no projeto. Continuamos com as nossas avaliações, mas já sabemos que, seja qual for a cidade escolhida, não teremos apenas uma localização geográfica privilegiada para esse tipo de iniciativa, mas também vamos contribuir com o desenvolvimento da economia de toda a região”, afirma Claudia Sender, presidente da TAM S.A.
O estudo, intitulado “Estimulando um novo valor econômico”, foi apresentado a autoridades do Governo Federal do Brasil, a autoridades das três cidades envolvidas, assim como aos governadores e aos parlamentares federais de seus respectivos Estados (Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte).
O relatório elaborado pelo Oxford Economics aponta que a instalação de um hub no Nordeste, em uma das três cidades em avaliação, trará benefícios econômicos em diversos campos. A implementação do hub deve ter um efeito multiplicador para a economia, e o estudo revela que cada dólar investido pelo Grupo LATAM no hub irá gerar entre 5,2 e 5,8 dólares em novas atividades econômicas, considerando a média dos cinco primeiros anos de operações. Essa previsão inclui a geração de valor tanto na cidade que for escolhida quanto nas outras que participaram do estudo.
De acordo com o levantamento da Oxford Economics, o hub poderá trazer um crescimento adicional de U$ 374 milhões a U$ 520 milhões por ano ao PIB das três cidades participantes, considerando a média dos cinco primeiros anos de operação, equivalendo a uma alta anual de 5% a 7%. Isso representa entre R$ 7,1 bilhões e R$ 9,9 bilhões de reais em um período de cinco anos (considerando a cotação de R$ 3,8/US$, para a data de 16 de setembro de 2015).
No mesmo período, o potencial para geração de empregos está estimado entre 34 a 42 mil postos de trabalho em toda a região Nordeste. Apenas durante o período de construção, a estimativa é que sejam gerados de 3 a 5 mil empregos. Cabe ressaltar ainda que, independentemente da cidade a ser escolhida, os três Estados se beneficiarão. O estudo ressalta ainda a premissa de que a instalação do hub no Nordeste pode ampliar a competitividade econômica da região. O incremento seria resultado da aceleração do desenvolvimento econômico, de um maior acesso a mercados estrangeiros por meio de exportações e movimentações de mão de obra e também da atração de investimentos externos.