O corpo de Patrícia Roberta, de 22 anos, desaparecida desde o domingo (25) foi encontrado nesta terça-feira (27) em uma mata no conjunto Novo Geisel, em João Pessoa, de acordo com a Polícia Militar. Com apoio de cães farejadores, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros fizeram buscas em terrenos do bairro de Gramame e áreas vizinhas.
Segundo o tenente-coronel Barros, o corpo foi encontrado pela Polícia Militar às 14h15, amarrado em um plástico, totalmente coberto, na área de mata. O corpo vai ser analisado pela perícia, mas a polícia acredita que seja o corpo de Patrícia.
A polícia informou que já pediu a prisão preventiva do suspeito, que seria amigo da vítima, e ele está sendo procurado.
O desaparecimento
De acordo com a polícia, Patrícia, que é de Caruaru (PE), viajou para João Pessoa para ficar no apartamento de um amigo, no bairro de Gramame. A família informou à polícia que Patrícia e Jonathan eram amigos há cerca de 10 anos e conversavam constantemente.
Patrícia chegou em João Pessoa na sexta-feira (23). O último contato dela com a mãe foi no domingo (25), quando disse que retornaria para Caruaru com Jonathan. A mãe questionou a filha, pois no sábado Patrícia disse a Vera que ele a manteve trancada o dia todo.
Na madrugada desta terça-feira (27), vizinhos de Jonathan viram o jovem sair do prédio em que mora com um tonel de lixo em um carrinho de mão. Um dos vizinhos seguiu o rapaz e disse ter visto um corpo dentro do tonel.
Imagens do circuito de segurança de prédios da área também mostraram Jonathan saindo de motocicleta com algo preso ao veículo. A polícia acredita que o objeto seria um corpo.
A polícia fez buscas nesta terça-feira (27) no apartamento do suspeito e em terrenos do bairro de Gramame. O carrinho de mão usado por Jonathan foi encontrado e um tonel de lixo com roupas que seriam de Patrícia também foi achado.
Roupas que seriam da vítima foram encontradas em lixo próximo a casa do suspeito, em João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1
No apartamento do jovem, a polícia encontrou uma lista com nomes de mulheres, um altar com livros de ocultismo e “escritos perturbadores”, de acordo com Amanda Melo, uma das peritas do caso. Em um dos escritos de Jonathan, teria coisas como “à noite eu saio pra matar” e “você é uma menina boazinha e eu sou um cara mau, você não consegue me entender”.
Os escritos de Jonathan também apontaram acesso à ‘deep web’, como um codinome que seria usado pelo jovem.
Além disso, no tanque de lavar roupa do suspeito, foram encontradas fronhas de travesseiro com material similar a sangue e roupas com líquido parecido com sêmen. A perícia irá realizar testes para comprovar o conteúdo.
*Matéria em atualização.
G1 Paraíba