Um dos principais nomes da oposição para concorrer ao Palácio Campo das Princesas, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), descartou a hipótese de trocar seu atual partido pelo DEM para garantir sua candidatura nas eleições estaduais de 2022, após cortejo do ex-ministro Mendonça Filho (DEM).
Miguel, que já se coloca como pré-candidato ao Governo do Estado, afirma que não vê, hoje, a possibilidade de deixar o MDB, comandado em Pernambuco pelo deputado federal Raul Henry, e acredita que a legenda vai optar pela candidatura majoritária própria. Mesmo Henry ainda não ter batido o martelo, segundo o prefeito, a candidatura do MDB ao Governo não só fortaleceria o partido, como também ajudaria na reeleição de Fernando Bezerra Coelho (MDB), patriarca do Clã Coelho, ao Senado.
“O partido já tem essa condição da chapa. Tanto pela questão da recondução do senador Fernando, como também poder voltar a ser, de fato, protagonista em Pernambuco, liderando um projeto majoritário a governador. Óbvio que não tem nada definido, mas acredito que as manifestações de lideranças espalhadas pelo Estado, do próprio MDB, são no sentido de decidir e optar por uma candidatura majoritária própria”, explicou. Para Miguel, o MDB não vai deixar para resolver a situação ano que vem e acredita que em entre julho e agosto será sinalizado o futuro do partido.
Arestas
Um aliado do MDB afirmou, em reserva, que internamente a expectativa é por uma reunião do presidente Raul Henry com o governador Paulo Câmara (PSB) a fim de aparar as arestas e discutir o espaço do partido no Governo.
Segundo ele, o encontro poderia acontecer nestes próximos dias, mas a assessoria do parlamentar afirmou que até o momento nada consta na agenda para esta semana. Nas coxias, se fala que o MDB está incomodado por perder espaços para o PP. No entanto, Miguel destaca que a sigla não se prenderia à Frente Popular por cargos.
“Eu nunca tive espaço lá e eu também não faço política negociando espaço. O MDB tem na Frente Popular duas lideranças principais, Jarbas e Raul. Eu acredito que pelo currículo e por tudo que construíram eles não são homens públicos de vergaduras pequenas de se limitar a cargo. Se a gente conseguir construir esse diálogo, não vai ser uma secretaria, um órgão de segundo e terceiro escalão que vão prendê-los”, ressaltou o prefeito.
Folhape