Com a autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) para a aplicação nos Estados Unidos em caráter emergencial da vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela Pfizer, sobe para seis o número de países prontos a imunizar a sua população. A decisão nos EUA acabou sendo mais um motivo de pressão sobre o governo brasileiro.
No início da semana passada, quando o Reino Unido começou a vacinar a população mais vulnerável ao coronavírus, o debate sobre a vacinação se intensificou no Brasil, com muitas críticas ao governo, que estaria atrasado na definição de uma estratégia para imunizar a população.
Nos Estados Unidos, logo após o aval da FDA, o presidente Donald Trump garantiu que as primeiras doses da vacina seriam ministradas em menos de 24 horas. Os estoques serão enviados às unidades federativas pelo sistema postal.
Os governadores locais vão decidir os grupos populacionais com prioridade na vacinação. “Queremos que nossos idosos, profissionais de saúde e socorristas sejam os primeiros da fila. Isso diminuirá rapidamente as mortes e hospitalizações”, afirmou Trump. A vacina da Pfizer é produzida em parceria com a alemã BioNTech.
Antes da aprovação, Trump e integrantes de seu governo fizeram cobranças públicas à agência que regula medicamentos, pedindo agilidade na liberação do composto. O presidente chegou a subir o tom contra Stephen Hahn, que dirige a instituição. “Libere a maldita vacina agora, Dr. Hahn. Pare de jogar e comece a salvar vidas”, disparou, pelo Twitter. Na mesma mensagem, Trump classificou a agência como uma “tartaruga velha e lenta”.
Na sexta-feira, o número de norte-americanos vitimados pela COVID-19 superou a quantidade de soldados do país mortos em combates na Segunda Grande Guerra. Foram 291.557 óbitos nos confrontos, segundo dados do Departamento de Assuntos de Veteranos, ante as mais de 293 mil mortes provocadas pelo vírus.
Além dos Estados Unidos e do Reino Unido, já aprovaram a vacina em caráter emergencial o Canadá, o Bahrein, México e Arábia Saudit
Estado de Minas