Críticas e elogios aos Correios

Desejaria homenagear uma instituição pública que teve origem no país há mais de três séculos e meio. Segundo pesquisas realizadas, principalmente no Google, desde 1663, essa entidade, que sempre gozou de meritório conceito, vem se modernizando, criando e disponibilizando serviços de qualidade com a finalidade de satisfazer às expectativas de seus clientes. A finalidade primordial seria a de integração e inclusão social, comportamento essencial para o desenvolvimento da nação.

Autossustentável, fatura mais da metade de seus rendimentos exclusivamente com seus próprios serviços, indiscutivelmente fatores essenciais para preservação e expansão de suas atividades, que repercutem em todo universo, através, certamente, de uma convenção de reciprocidade, indispensável às suas atividades exteriores, inclusive nas de âmbito internacional.

Evidente que estou descrevendo os Correios, que, de conformidade com seus objetivos, visam oferecer, com atualizada tecnologia, resultados positivos, no ramo das comunicações, hoje em dia constituído de competitivo mercado. Indiscutivelmente, o sedex, sua mais destacada criação, sem discrepância de opinião, constitui-se em um de seus mais acreditados produtos, liderando, de acordo com as estatísticas, comprovadamente, o mercado de encomendas no país.

Todavia, se externei todos esses encômios, em verdade quis demonstrar que, em todos os seus aspectos, os Correios deveriam merecer, exclusivamente, elogios. Mas nem sempre é assim que acontece, o que considero, sobremodo, lamentável.Tenho, como muitos leitores, também, restrições.

Mantenho assinatura com jornais para os quais colaboro, que, via ‘internet’, inserem meus modestos escritos, em especial com Vanguarda, de Caruaru. Difícil, senão impossível, eu saber se minhas crônicas foram aproveitadas, pois os Correios levam quase dois meses para fazer a entrega de cada um de meus exemplares. Cito, como exemplo, artigo que denominei de ‘Não há feriados no Carnaval’. Remetido antes de 24 de fevereiro do ano em curso, data em que foi publicado, somente em 19 de abril, após a quaresma, 55 dias depois de inserido é que o exemplar chegou a mim, através dos Correios,ratificando, então, o aproveitamento da colaboração que enviei, em tempo hábil.

Os noticiários da imprensa, vez por outra, estão divulgando greves em tão creditada instituição. Muitas delas veladas, sem manifestações externas, diferentes até das de certas empresas privadas e mesmo repartições públicas. Toda via, sempre que isso acontece, o prejudicado é o cliente, quer seja ele o destinatário ou o emitente das correspondências e mesmo impressos, como no caso em tela.

Mal comparado, lembro um caso curioso ocorrido comigo, quando ainda estudante no Rio de Janeiro, na primeira ocasião que, em gozo de férias, fui premiado com uma volta ao lar paterno. Antecipei telegramas para Recife e Caruaru, a fim de que meus familiares fossem me recepcionar nos desembarques. Semana depois, eu mesmo recebi do carteiro a entrega dos dois telegramas.

Antes de redigir este comentário, aludi o fato a alguns leitores com os quais interajo e, sem exceção, ratificaram o lamentável descaso de tão significativo serviço público. Em contrapartida, reconheço que, por força de lei, a Empresa de Correios e Telégrafos, equipada de ferramentas modernas, atua até no exterior, com atividades postais de serviços financeiros, eletrônicos e de logística, podendo até constituir subsidiárias. Como grande empreendimento, a ECT firmou acordo com órgão oficial, mantendo um Banco Postal com a finalidade de prestar relevantes serviços bancários básicos.

Giovanni Mastroianni é advogado, administrador e jornalista

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