O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) afirmou que o ideal para a oposição pernambucana ter chances maiores nas próximas eleições governamentais é ter mais de um palanque. Coelho declarou sua opinião em entrevista ao programa Manhã da Clube, comandado por Rhaldney Santos.
Segundo Daniel, a estratégia de ter mais de um nome concorrendo seria a ideal para chegar a um segundo turno e dar a oposição uma chance maior de vitória. “Não é desunião, isso é estratégia coletiva combinada, para garantir segundo turno e debates mais longos”, comentou. O deputado afirmou que a oposição em Pernambuco tem força o suficiente para fazer dois palanques em 2022. “Acho que nesse cenário o ideal é que nós [a oposição] tivéssemos duas candidaturas, teria uma chance maior de vitória”, ressaltou.
De acordo com o raciocínio de Coelho, se a oposição lançar apenas uma candidatura, as chances de um segundo turno são menores, e a eleição seria mais fácil para os atuais governantes. “Fazer um palanque único quando a gente sabe que no campo governista eles estão unidos é jogar no interesse individual e não de quem quer ganhar a eleição”, comentou. O deputado comentou que existem nomes suficientes para lançar duas chapas, além de uma candidatura ao senado. “Assim as pessoas têm mais opção de voto”, firmou.
Daniel também falou sobre a deputada Marília Arraes (PT), comentando que se ela quisesse fazer parte da oposição, teria que deixar sua legenda, visto que, segundo o deputado, o PT já estaria firmado com o PSB para 2022. “Ela vai ter que sair do PT. Não considero o PT como oposição, para mim, está fechado com o governo”, ponderou.
Cenário nacional
Assim como outras lideranças entrevistadas pelo programa anteriormente, Daniel Coelho afirmou a necessidade de uma “terceira via” para as eleições nacionais de 2022. “Precisamos achar um nome que consiga enfrentar esses dois [Lula e Bolsonaro]”, comentou
Para o deputado, nem o ex-presidente Lula (PT), nem o atual presidente Bolsonaro (Sem partido) representam uma boa opção de voto nas próximas eleições. Entretanto, o parlamentar afirmou que um possível terceiro candidato ainda não surgiu. “Não consigo ainda ver clareza de pauta de agenda [dos nomes cotados], você não tem como avançar contra Lula e Bolsonaro se não tem clareza e se as pessoas não sabem quem você é”, comentou. “É difícil encontrar um nome quando se tem candidatos de peso como Lula e Bolsonaro”, ponderou.
Daniel também explicou que se não houver um terceiro candidato, a vantagem maior seria do ex-presidente Lula, principalmente pela forma com que Bolsonaro tem lidado com a pandemia, o que diminuiu consideravelmente a sua popularidade. “Se não aparecer outro nome, é um presente para Lula voltar, a chance de Bolsonaro vencer o segundo turno é muito pequena”, concluiu.