De dois reveses à glória: Pernambuco pertence ao Carcará

Histórico, inesquecível, marcante… Adjetivos não faltam para expressar a conquista do Salgueiro. Foram necessárias 106 edições para, finalmente, o Pernambucano ter um campeão do Interior. Vice em 2015 e em 2017, o Carcará pôde, enfim, soltar o grito da garganta.

A história desse título começa antes ainda do início deste ano. Após a demissão do técnico Sérgio China, o Salgueiro anunciou contratação do português Daniel Neri, em abril do ano passado, para a Série D. Com passagens pelas categorias de base do Sport e do Porto, de Caruaru, ele tinha uma experiência em time profissional, no Flamengo de Arcoverde.

Consolidado como quarta força do futebol estadual, o Tricolor do Sertão chegou a ser ofuscado no início do Pernambucano 2020. Isso, porque o campeonato trouxe algumas surpresas. Sensação do primeiro trimestre, o Afogados da Ingazeira eliminou o Atlético/MG na Copa do Brasil e ganhou notoriedade. Já o Retrô, com alto investimento e estrutura de ponta, chegou assustando.

Mas o Carcará soube “comer pelas beiradas” e, assim, garantiu a segunda colocação na primeira fase. Coube ao Afogados eliminar o Retrô, nas quartas de final. Nas semis, porém, caiu diante do Salgueiro, com uma grande atuação coletiva da equipe de Daniel Neri. Há de se destacar Ranieri, Bruno Sena e Muller Fernandes, pilares da campanha sertaneja.

A década não poderia terminar melhor para o Salgueiro. Se há 10 anos o Carcará fazia a felicidade da torcida ao disputar pela primeira vez a Série B do Brasileiro, agora, o Sertão está em festa constante, inesgotável. Foram três finais nos últimos cinco anos e, enfim, o primeiro título da da elite do futebol estadual.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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