Aos poucos, a melhora gradual do cenário macroeconômico começa a se refletir no dia a dia dos empresários de menor porte. Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o Indicador de Demanda por Investimento da Micro e Pequena Empresa avançou 10,8 pontos em um ano, ao passar de 29,8 pontos em abril do ano passado para 40,6 em abril de 2018. A escala do índice varia de zero a 100, sendo que quanto maior o número, mais propenso está o empresário a realizar investimentos em seus negócios.
Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil, os dados da série histórica mostram que o humor do pequeno empresário tem mudado de patamar nos últimos meses, o que reforça a conjuntura de melhora gradual da economia. Entre meados de 2015 e final 2016, a média da propensão a investir estava em 25,8 pontos, passando para 29,7 pontos na média do ano passado. Nos quatro primeiros meses de 2018, a média é ainda superior e ficou em 41,0 pontos.
Em termos percentuais, cresceu de 25% para 34% o volume de micro e pequenos empresários que demonstram interesse em realizar algum tipo de investimento em seus negócios nos próximos seis meses. Os que não pretendem realizar melhorias na empresa somam 49% de entrevistados, principalmente porque não veem necessidade (37%) ou porque acreditam que o país ainda não se recuperou da crise (32%).
“A recessão pela qual o Brasil atravessou recentemente deixou os empresários cautelosos para investir. Com a lenta retomada econômica, a expectativa é de que a confiança seja restaurada, uma vez que com uma perspectiva melhor de vendas, o investimento torna-se ferramenta importante dentro das empresas”, analisa o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.