Laura Gomes, líder da Bancada do PSB na Alepe, apresentou, quinta, voto de protesto contra manifestação preconceituosa da desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nas redes sociais, em relação às pessoas com Síndrome de Down. A deputada socialista vê a atitude da magistrada como passível de “veemente repúdio da sociedade e da devida apuração pelos órgãos competentes”.
A Desembargadora postou em sua página virtual: “Voltando para a casa e, porque vivemos em uma democracia, no rádio a única opção é a Voz do Brasil… Well, eis que ouço que o Brasil é o primeiro em algumas coisas!!! Apuro os ouvidos e ouço a pérola: o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de down!!!. Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social…Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem??? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?”.
A deputada, relatora da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência, justificou seu voto de protesto argumentando estar o Brasil atravessando um tempo de esforço da sociedade civil e das instituições públicas por avanços nos processos de inclusão para consolidar uma sociedade livre de preconceitos e de intolerância.
“A atitude gratuita e leviana de uma autoridade alçada à condição de magistrada do Segundo Grau de Justiça dificulta a luta das pessoas com deficiência, mas nem por isso menos humanas e menos portadoras de direitos a uma vida plena e feliz. Daí nosso repúdio à declaração infeliz da desembargadora e nossa solidariedade à Professora Débora Seabra, um símbolo da vitória na construção de um sociedade na qual todos tenham sua dignidade respeitada”, afirmou Laura Gomes.