Candidato à reeleição, o deputado Betinho Rosado (PP-RN) foi barrado após uma condenação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por supostas irregularidades no período em que ele comandou a secretaria estadual de Educação, entre 2003 e 2004, no governo Wilma de Faria (PSB). Com o argumento de não criar insegurança no eleitor, o candidato indicou o filho, Betinho Rosado Segundo (PP), de 32 anos, para a disputa.
Deputado mais jovem da atual legislatura, Wilson Filho (PTB-PB) foi condenado pela Justiça eleitoral por ter excedido, em R$ 1,5 mil, o limite de doações feitas por uma empresa da qual é sócio na eleição de 2010. Filho do ex-senador e atual candidato ao Senado Wilson Santiago (PTB-PB), ele terminou por ceder espaço ao irmão, William Santiago (PTB), na chapa. William tem 21 anos, mesma idade que o irmão tinha quando chegou à Câmara.
Antes mesmo de ser citado pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiário de um esquema de desvio de verbas da estatal, o deputado catarinense João Pizzolatti (PP-SC) já havia sido enquadrado duas vezes pelo TRE-SC com base na Ficha Limpa. O parlamentar, então, desistiu de tentar o sexto mandato seguido na Câmara e indicou seu filho, João Pizzolatti Neto (PP), de 28 anos, que ostentará o mesmo nome e o mesmo número do pai na urna eletrônica, conforme mostrou o Congresso em Foco em reportagem recente.
Outro deputado que pode tomar o mesmo rumo de lançar um nome pra lá de familiar é o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE). Ele teve o registro de candidatura negado pelo TRE de Sergipe após uma condenação no Tribunal de Justiça por improbidade administrativa referente a atos de sua gestão como prefeito de Pirambu (SE). O parlamentar ainda concorre à reeleição, enquanto recorre ao TSE na tentativa de reverter a decisão. Mas, como segunda opção, já lançou a candidatura a deputada federal de sua esposa, Lara Moura (PR), no lugar do aliado político Edmilson Sindô (PR), de modo a não perder espaço no Congresso.