Designer Cris Souza desenvolve projeto com oficinas que ensinam técnicas de reciclagem

A designer Cris Souza realizou a oficina do seu projeto Re-ciclos: ciclo de oficinas voltadas para a reutilização de materiais. Neste, que foi também um projeto inclusivo, proporcionando acessibilidade em libras, mulheres passaram pela qualificação profissional e aprenderam a técnica de tecer a trama plástica reutilizando materiais que iriam ser descartados no meio ambiente.

A oficina foi executada junto à Secretaria de Política para Mulheres de Caruaru, através de um projeto aprovado na LPG (Lei Paulo Gustavo) municipal. O projeto parte da importância da proteção do meio ambiente e dos direitos humanos para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Com as oficinas, os materiais que seriam descartados, como embalagens plásticas e garrafas PET, podem ser reinseridos no ciclo produtivo e utilizados como matéria-prima para a fabricação de novos produtos através da trama plástica.

Katarina Machado, que participou da oficina, destaca a importância da iniciativa para ajudar na preservação do meio ambiente. “Fizemos uma luminária com as tramas de plástico e outras coisas que conseguimos do lixo. É importante que todo mundo tenha essa consciência de preservação. O lixo não é só lixo e essa redução que a gente faz é importante para o nosso planeta”.

A artesã do Alto do Moura Marleide Silva diz que foi uma experiência gratificante. “Principalmente quando se fala da natureza, porque trabalhamos com recicláveis. Precisamos passar esse tipo de conhecimento para outras pessoas, de reutilizar e reaproveitar. Pretendo participar mais vezes”, diz.

DESIGNER E SUSTENTABILIDADE

Cris Souza, 38 anos, é uma Designer e artista ceramista alagoana que mora há mais de 20 anos em Pernambuco. Desde 2007, quando iniciou a sua graduação em Design, na UFPE-CAA, Cris se interessa pela pauta sustentável, que foi onde inclusive começou a desenvolver o processo da trama plástica.

Ano passado, ela resgatou o projeto com a participação no MMA, desafio criativo do Armazém da Criatividade, onde conseguiu aperfeiçoar a ideia com a mentoria de Leopoldo Nóbrega e ganhar o desafio na categoria design.

“A aprovação do projeto “Re-ciclos” na lei Paulo Gustavo Municipal foi a continuidade do projeto e fortalecimento da ideia com mais mãos a somar na causa. A trama é de ampla possibilidade de aplicação, mas é um trabalho formiga que para surtir efeito ambiental precisa de muitas mãos”, enfatiza.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.