Embora os brasileiros ainda estejam sensíveis aos efeitos da lenta recuperação econômica e do desemprego, a maioria (61%) dos consumidores deve ir às compras neste Dia dos Pais – o dado é levemente superior aos 55% de entrevistados que realizaram compras na mesma data do ano passado. A conclusão é de um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Ao todo, a expectativa é de que quase 93 milhões de pessoas façam alguma compra no período, o que deve movimentar uma cifra aproximada de R$ 13,9 bilhões nos setores do comércio e serviços.
Apenas 28% dos consumidores não devem presentear alguém na data, sendo que a principal justificativa é o falecimento do pai (70%). Comemorado tradicionalmente no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais é considerado por muitos o ‘patinho feio’ das datas comemorativas por não injetar cifras tão expressivas como Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Mesmo assim, a comemoração serve de termômetro para analisar o desempenho do varejo no segundo semestre, ainda permeado por incertezas no campo político e por uma recuperação econômica gradual.
“As tradicionais datas comemorativas demonstram um forte apelo emocional e muitas vezes até se descolam do ambiente de crise, que segue impactando o orçamento das famílias. Tanto é que nas últimas três datas comemorativas deste ano, o varejo apresentou crescimento nas vendas. Os resultados, contudo, foram discretos e não revertem as perdas acumuladas durante a crise. Ainda assim, servem de alento para impulsionar a retomada da economia”, explica o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.