Nesta sexta-feira (1º.12) é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Para reforçar com a população a importância de se prevenir contra o HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), estará, na manhã da própria sexta, a partir das 9h, ofertando teste rápido de HIV, camisinhas e gel lubrificante no Pátio da Igreja Nossa Senhora do Carmo, no Centro do Recife. Já na Estação Central do Metrô do Recife, também pela manhã, haverá a distribuição de camisinhas e lubrificante.
No Pátio do Carmo, a expectativa é fazer o acolhimento de 100 pessoas. O atendimento dura, em média, cerca de 30 minutos, tempo para que seja feito o exame e o aconselhamento. Nos casos positivos, ainda é realizado o encaminhamento do paciente para o serviço de referência. “Nós ofertamos o teste rápido semanalmente em ações externas promovidas pelo Programa Estadual de IST/Aids com o apoio da Aids Healthcare Foundation (AHF). A população também pode encontrá-lo em postos de saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e ONGs. Precisamos informar dessa disponibilidade para que a população se teste. Quanto mais precoce o diagnóstico do HIV, mais precoce o tratamento e maiores as possibilidades de evitar o adoecimento pelo vírus”, ressalta o gerente do Programa, François Figueiroa.
O gerente ainda lembra que o HIV pode ficar dez anos ou mais silencioso no organismo do indivíduo, por isso a importância da testagem para quem teve alguma possível exposição. “O uso da camisinha em todas as relações sexuais é indispensável não apenas para evitar a contaminação pelo HIV, mas também de diversas outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis e a gonorreia. Além disso, o preservativo pode evitar uma gravidez indesejada. Todos os meses, Pernambuco recebe do Ministério da Saúde e distribui para os municípios mais de 2 milhões de camisinhas. Qualquer pessoa pode pegar os preservativos, na quantidade que achar necessária, nas unidades básicas de saúde e nos CTAs”, diz François Figueiroa.
AIDS – A síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) é o quadro de enfermidades ocasionadas pela perda das células de defesa no organismo em decorrência da infecção pelo vírus HIV. Um paciente pode ter o HIV, mas demorar a desenvolver a Aids.
Em Pernambuco, desde o início das notificações, no ano de 1983, até 24.10.2017, foram registrados 25.218 casos de Aids, sendo 16.344 no público masculino e 8.874 no feminino. Em 2016 foram 1.104 (738 masculinos e 366 femininos) e em 2017*, 396 (259 masculinos e 137 femininos) – dados sujeitos a alteração. Em relação à faixa etária, a maior parte dos casos ocorre na população entre 30 e 39 anos (9.280 casos – 36,7%), seguida do público entre 20 e 29 anos (6.565 casos – 26%).
Nos casos acima de 13 anos (24.599 pessoas), quando analisada a categoria de exposição, a maior parte dos casos envolve a transmissão via sexual, de acordo com a declaração do paciente. No público masculino, são 4.944 casos em relações sexuais entre heterossexuais (30,82%) e 3.945 em relações homossexuais (24,60%). Ainda há 4.792 (29,88%) casos ignorados, ou seja, que não foi possível identificar o tipo de exposição. No público feminino, são 7.253 casos entre heterossexuais (84,73%) e 1.078 ignorados (12,59%).
No quesito cor, a maioria dos casos de Aids é na população autodeclarada parda (11.361 casos – 45,05%), seguida da ignorada (7.882 casos – 31,26%) e branca (4.252 casos- 16,86%).
ÓBITOS AIDS – Entre 1983 e 24.10.2017, ocorreram 10.772 óbitos, sendo 7.510 masculinos e 3.262 femininos. Em 2016 foram 405 masculinos e 220 femininos, totalizando 625. Em 2017, 283 masculinos e 138 femininos – 421 no total.
HIV – A partir de junho de 2014, o Ministério da Saúde (MS) também instituiu a notificação das pessoas apenas infectadas com HIV, que são aquelas que possuem o vírus, mas ainda não desenvolveram a doença (Aids).
Desde 2014, em Pernambuco, foram registrados 6.688 casos de HIV (4.393 no público masculino e 2.295 no feminino). A maior faixa etária é entre o público de 20 aos 29 (2.348 casos – 35,11%), seguida dos 30 aos 39 (1.998 casos – 29,87%).