O dólar comercial bateu o patamar simbólico de R$ 4,50 na manhã nesta quinta-feira (27), com aceleração da alta ante o real. Esse é o sétimo pregão consecutivo de valorização. No ano, a moeda americana acumula alta de cerca de 10%.
Investidores estão receosos com os potenciais danos da disseminação do novo coronavírus pelo mundo e os potenciais impactos da doença sobre a economia global. Isso derruba os investimentos de risco e favorece aplicações consideradas mais seguras, como o dólar e o ouro.
Nem a atuação do Banco Central no mercado foi suficiente para conter o avanço da moeda americana nesta quinta. O BC vendeu 20 mil contratos de swap, após ter ofertado a 10 mil na véspera. O leilão ocorreu no começo do pregão. No exterior, o peso mexicano é a divisa emergente que mais sofre ante o dólar no dia -o real ocupa a quarta colocação.
As Bolsas voltaram a operar em forte queda nesta quinta. Na Europa, os índices recuam ao redor de 3,5%, enquanto que nos Estados Unidos e no Brasil as perdas giram ao redor de 2%. No começo do pregão, o Ibovespa, principal índice acionário do país, era negociado ao redor dos 103 mil pontos.
Entre as principais perdas estão as ações da Petrobras (-4%), Vale (2,8%) e os papéis de companhias aéreas. As empresas de aviação e turismo estão pressionadas pela possibilidade de redução no turismo e viagem de negócios por causa da doença.
Já as ações do setor bancário inverteram o sinal e passaram a subir -também com forte peso no índice, elas ajudam a suavizar a queda da Bolsa.
Folhapress