O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou à Argentina para acompanhar a apuração das eleições presidenciais no país vizinho e reforçar o apoio ao candidato ultraliberal Javier Milei. Durante uma entrevista que concedia ao vivo para um canal de TV argentino, Eduardo defendeu a “liberação de armas”. Ao argumentar sobre a pauta, cara à direita bolsonarista, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi cortado da transmissão, além de criticado pelos jornalistas que comandavam o programa.
— Quando estamos falando de armas de fogo… E não é tão simples assim: não se pode ter problemas com a polícia, com a Justiça, há uma idade mínima. No Brasil é necessário fazer um teste prático de disparo… Então, avançar na (liberação) de armas de fogo para os cidadãos significa dar condições para sua legítima defesa, para que eles sejam… — justificava Eduardo, quando foi interrompido pelos jornalistas.
Dois dos apresentadores cortaram a fala do parlamentar brasileiro com tom de negação e, em seguida, argumentaram:
— Quão generosa é a Argentina e são os argentinos para receber este tipo de pessoa — comentou um deles.
A outra acrescentou, em tom de revolta: — Está falando sobre liberação e disponibilidade direta de armas, e com o argumento e a justificativa que as pessoas podem se defender.
— É por isso o que aconteceu com o seu pai, o qual os brasileiros com lógica removeram do poder, felizmente — completou o colega.
Eduardo participou de um almoço neste domingo com Victoria Villarruel, candidata a vice-presidente na chapa de Milei. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar aparece desejando sucesso à dupla:
— Deus queira que hoje se concretizará a eleição deles, se não certamente será no segundo turno, diz Eduardo na gravação.
O Globo