Educação financeira: como auxiliar jovens a evitar dívidas

Nos últimos anos o tema “educação financeira” começou a ser discutido com mais frequência, seja em casa, no ambiente de trabalho ou escolar. Acontece que a educação financeira tem sido cada vez mais necessária não só para aprender a lidar com o dinheiro, mas traçar metas e objetivos que vão fazer total diferença no futuro. Por ser tão essencial para uma vida financeira estável é que esse tema tem sido cada vez mais explorado em casa e na sala de aula, principalmente entre adolescentes e jovens. É a partir do exercício diário da educação financeira que é possível evitar dívidas, controlar o orçamento de todo o mês, guardar dinheiro e conquistar objetivos.

Tayguara Veloso, gestor pedagógico do ensino fundamental 2 e ensino médio do GGE, explica que a educação financeira é uma jornada que começa logo na infância. “A educação financeira é uma jornada que dura uma vida toda. Não é um assunto que você vai falar, explicar uma vez e está entendido. O grande objetivo de ensinar sobre finanças é criar responsabilidade sobre a educação das finanças pessoais e familiares, por isso a educação financeira começa dentro de casa. Vivemos em uma sociedade consumista, e os pais são o nosso primeiro contato com o dinheiro. O papel dos pais é justamente despertar a criança para escolhas conscientes sempre exemplificando com situações que acontecem no cotidiano da família. Isso faz toda a diferença na educação financeira”, explica o gestor.

Em um mundo conectado, adolescentes e jovens são constantemente bombardeados por informações, propagandas e anúncios de coisas que muitas vezes eles não precisam. Dessa forma, um dos princípios básicos da educação financeira é entender que esse tema não se trata de poupar dinheiro. Ela está relacionada ao ato de tomar decisões conscientes que vão ajudar a garantir a segurança e qualidade de vida do jovem no futuro, poupar o dinheiro será apenas uma das escolhas que um jovem consciente pode fazer. É necessário destacar a importância do planejamento financeiro, e de colocar metas no papel. O jovem precisa ser realista, e saber aplicar os conhecimentos financeiros de acordo com os sonhos que quer realizar.

Especificamente dentro da sala de aula, a educação financeira pode ser trabalhada através de componentes curriculares, como as disciplinas eletivas. Além da teoria os alunos são incentivados a praticar os conhecimentos aprendidos dentro da sala de aula em situações cotidianas. Existe um destaque especial para a eletiva “Faz um Pix”, em que os alunos aprendem sobre poupança e gerenciamento de dívidas até modos de aplicação das reservas financeiras. Além das eletivas, o aluno também pode contar com projetos que estimulam o aprendizado de outros conhecimentos que também podem ser aplicados dentro da vida financeira.

A eletiva ‘Faz um Pix’ trata justamente sobre as finanças, e como devemos lidar com o dinheiro, os alunos podem ter a perspectiva de poupar e economizar, além de aprender atitudes responsáveis que terão grande impacto no futuro. Outro ponto interessante que também colocamos para eles é o de traçar metas e fazer um planejamento para curto, médio e longo prazo para realização dos desejos, dos sonhos, e da vontade de conquistar estabilidade. Vale ressaltar que essa eletiva surgiu a partir de uma pesquisa com alunos da escola que demonstraram interesse no assunto. Isso revela que esse é um tema que cada vez mais faz parte da vida de jovens e adolescentes”, finaliza Tayguara Veloso.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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