Reeleito com mais de 1,7 milhão de votos em Pernambuco, o líder da Oposição ao governo Temer no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou, nesta quarta-feira (24), que está sentindo um movimento de virada eleitoral nesta reta final de campanha que levará Fernando Haddad à vitória no domingo contra o “soldadinho de araque picareta”.
Em discurso para o povo na rua em Caruaru, no Agreste do Estado, o senador lembrou que, mesmo faltando pouco tempo, as pesquisas de intenção de voto já estão mostrando uma subida de Haddad e uma queda de Bolsonaro, que disparou em rejeição no eleitorado.
“Tenho certeza que o brasileiro vai votar com consciência, para garantir um país no futuro sem discriminação às mulheres, aos negros e aos gays. O povo nordestino vai impedir que esse monstro despreparado saia vitorioso nas urnas. Aqui, ele não passará”, disse.
Humberto ressaltou que Bolsonaro já fez diversos ataques aos nordestinos, principalmente às mulheres, e que o deputado considera a região como uma fábrica de fazer filhos para ganhar o Bolsa Família.
“A mulher nordestina, atacada por Bolsonaro, não vota num cara desse. Quem puxa o desenvolvimento do Brasil é o Nordeste. Não queremos ser tratados como coitadinhos, como ele disse ontem. Queremos somente o nosso direito e nossas oportunidades”, disparou.
O parlamentar também criticou uma das principais propostas do adversário de Haddad, que é a defesa do armamento. Segundo Humberto, não é possível votar em uma pessoa que acha que vai resolver o problema da segurança pública do país distribuindo armamento e falando em tortura e mortes.
“Nós não queremos garantir uma arma para cada cidadão. Nós queremos garantir um emprego para cada brasileiro e brasileira e uma vida melhor para todos, sem ódio, preconceito e violência”, declarou.
Humberto, que foi deputado federal entre 1995 e 1999, lembrou que Bolsonaro era considerado um parlamentar folclórico pela quantidade de besteira que pronunciava quando abria a boca. Para o líder da Oposição, o capitão reformado, que é deputado há 28 anos, não pode ser considerado alguém novo e que vai combater o sistema.
“Ele nunca apresentou e aprovou um único projeto em benefício do povo. Nas vezes em que discursava, era pior: só defendia a tortura, a ditadura e votava contra a população. Ninguém nunca levou a sério as asneiras que falava. Agora, aparece como salvador da pátria. Isso não existe”, alfinetou.
O senador ainda criticou o fato de ele fugir dos debates, escondendo dos eleitores o que realmente pensa sobre a educação, a saúde e o mercado de trabalho no país. “Como vamos dar um voto a um cidadão vazio, que foge do confronto e, quando abre a boca, só sai coisa ruim? É hora de viramos esse jogo votando no melhor ministro da Educação que este país já teve”, disse.