Em desaceleração, inadimplência das empresas cresce 2,15% em abril

Em desaceleração desde o início no fim do ano passado, o número de empresas com contas em atraso cresceu 2,15% em abril na comparação com o mesmo mês de 2018. Trata-se da menor variação para os meses de abril desde 2011, início da série histórica. No mesmo período dos anos anteriores, as variações haviam sido de 8,40% (2018), 4,30% (2017), 10,81% (2016), 7,46% (2015), 7,48% (2014), 10,65% (2013), 11,18% (2012) e 14,14% (2011).

Na passagem de março para abril de 2019, sem ajuste sazonal, houve uma queda de -0,85%. Os dados foram calculados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

“Embora a retomada econômica esteja mais lenta do que o esperado, frustrando as expectativas de diversos setores da economia, já se observa uma recuperação do faturamento das empresas, o que melhora sua capacidade de solvência. Mas ainda assim, estamos distantes do período anterior da crise, com o mercado de trabalho desaquecido e do consumo das famílias avançando pouco. Tendo em vista a dificuldade que a economia vem apresentando para engatar uma recuperação mais consistente, a tendência é de que a inadimplência das empresas continue crescendo, mas a patamares mais moderados”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Sudeste é a região com maior alta da inadimplência entre as empresas; dívidas de pessoas jurídicas registra queda de 1,61%

Os dados regionais mostram que o Sudeste continua liderando o crescimento da inadimplência entre as empresas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número de pessoas jurídicas negativadas na região cresceu 4,25%. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com avanço de 1,37%, e Centro-Oeste, com aumento de 0,73%. Já no Nordeste foi observado um recuo de 0,60% e no Norte uma queda de 1,47% — a menor variação entre todas as regiões.

Entre os setores devedores, destacam-se as altas apresentadas pelos ramos de serviços (4,73%) e comércio (0,29%), na comparação anual. Já a indústria, por sua vez, registrou queda de -0,27%.

Outro indicador mensurado pela CNDL e pelo SPC Brasil é o de dívidas em atraso. O número de pendências devidas por pessoas jurídicas apresentou queda de 1,61%, ante abril do ano passado. Na comparação mensal, na passagem de março para abril, a variação também foi negativa, ao alcançar – 1,41%.

Quando se observa os setores credores, o de serviços, que engloba bancos e instituições financeiras, responde por 69% do total de dívidas em nome de pessoas jurídicas. O comércio mantém 17% das dívidas das empresas, enquanto a indústria possui 13%.

Metodologia

O Indicador de Inadimplência das Empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Baixe o material completo em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

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