Emoção e 30 mil pessoas no adeus final a Osvaldo

Do G1 Petrolina

Antes de iniciar o sepultamento, o bispo da Diocese de Petrolina, Dom Manoel dos Reis de Farias realizou a missa de Corpo Presente, ainda na biblioteca do Campus Petrolina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Durante a celebração, o religioso destacou o legado deixado por Osvaldo Coelho. “Foram projetos que contemplavam a todos. A irrigação trouxe prosperidade para a região. Ele foi um homem que acreditou e fez por Petrolina e por isso é uma cidade que tem todo esse avanço. A educação também faz parte da sua história. Toda a vida de Osvaldo Coelho deixa uma grande marca. Trabalho realizado para todos e educação para todos”, disse o Bispo.

O caixão com o corpo do ex-deputado deixou a Univasf já no início da noite, em um caminhão do Corpo de Bombeiros, acompanhado pelos netos e amigos. O cortejo foi seguido por milhares de pessoas e percorreu as principais ruas e avenidas da cidade. Sobretudo, os locais onde o trabalho do ex-deputado estava presente.

O agricultor Sinfroniano Evangelista Amorim, disse que era amigo de Osvaldo Coelho e se conheceram ainda quando eram pequenos. Com emoção, ele falou sobre o amigo. “Uma pessoa igual a ele vai demorar muito para aparecer. Poucos têm a competência que ele teve de deixar tudo isso, essa bondade para o Nordeste. Ele era uma pessoa que sabia ouvir. Ele ouvia, analisava e dava um conselho para o bem.

Acho que não só eu, como todos os petrolinenses que conheceram ele do começo até agora estão perdendo muito e é uma coisa incomparável. Mesmo sem mandato, nunca deixou de trazer coisas para Petrolina”, disse o agricultor. Ao chegar ao Cemitério Campos das Flores, na Zona Central da cidade, a multidão recebeu o caixão onde estava Osvaldo Coelho com muitos aplausos. O prefeito de Petrolina, Julio Lossio, levou o caixão até o túmulo e ressaltou que estavam devolvendo um grande homem a Deus.

Já o irmão Geraldo Coelho, que durante todo o velório preferiu não falar, desabafou. “Esse é um momento muito triste. Da última vez que falei com ele ao telefone, ele disse que já estava voltando para Petrolina, porque Recife não era a cidade dele”, destacou dizendo um ‘até logo’. O caixão foi sepultado após o toque fúnebre de trompeta, executado por militares do Exército Brasileiro. Amigos, filhos e netos se despediram de Osvaldo Coelho com aplausos e muita emoção.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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