Sensação de desequilíbrio, dificuldade de focar em objetos, perda temporária de visão. Esses são alguns sintomas que acompanham a tontura. Ela pode aparecer em situações diversas, como alterações da pressão arterial, efeito colateral de medicações e até ansiedade. No entanto, cerca de 80% dos casos de tontura tem relação com o labirinto.
Também conhecido como ouvido interno, além da função da audição, o labirinto auxilia a manter o equilíbrio do corpo.
Quando há uma inflamação ou infecção, ocorre a labirintite. “A tontura é um dos principais sintomas da labirintite, acompanhada de vertigem (sensação rotatória) e diminuição da audição”, explica o otorrinolaringologista Fernando Botelho, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). Alguns pacientes também apresentam sensação de pressão ou zumbidos nos ouvidos, dor de cabeça, náusea e vômito. “Esses são alguns sinais que indicam que é preciso procurar um especialista. A tontura, por si só, não caracteriza a labirintite”, orienta.
Além das infecções e inflamações, outras causas da labirintite são a presença de doenças metabólicas, como a diabetes; dislipidemia (aumento dos colesteróis e triglicérides); hipotireoidismo; doenças neurológicas e estresse. O diagnóstico é feito após observar o histórico do paciente, exame físico e avaliação otoneurológica completa, que inclui a realização de exames como a audiometria. Fatores como movimentar bruscamente a cabeça, locais muito barulhentos e ler em movimento (no carro ou em outros transportes) podem agravar os sintomas.
O tratamento inclui mudanças nos hábitos alimentares – evitando o sal, alimentos ricos em açúcar, frituras, bebidas alcoólicas e estimulantes, como o café – ingestão de água e sucos, repouso durante as crises e uso de medicações. “No entanto, só após identificar a causa e intensidade da labirintite será possível definir o tratamento”, reforça o médico.