O Equador fechará suas praias no feriado da Páscoa, de sexta a domingo, após um acordo com as autoridades locais, às quais o Executivo pediu para endurecer as restrições diante da nova onda de Covid-19, informou nesta segunda-feira (29) o Ministro de Governo(Interior), Gabriel Martínez.
“Eu me encontrei com os prefeitos dos cantões que têm praias no país e chegamos a um acordo: fechá-las durante o feriado”, informou Martínez pelo Twitter. Ele acrescentou que “o objetivo é evitar multidões para reduzir as chances de contágio e diminuir a pressão sobre o sistema de saúde”.
O Comitê de Operações de Emergência (COE) do Equador, encarregado de administrar a pandemia, anunciou anteriormente que havia pedido às autoridades locais que impusessem novas restrições.
O COE nacional, que representa o governo equatoriano, só pode ditar restrições como toques de recolher amparado em estado de exceção.
No entanto, em janeiro, um tribunal declarou inconstitucional o terceiro estado de exceção que o Executivo decretou devido à pandemia um mês antes.
O país, de 17,4 milhões de habitantes e um dos mais atingidos da América Latina, acumula 325.124 casos e 16.746 mortes por Covid-19.
Zapata destacou que o número de mortes por coronavírus cresceu 25% em março em relação ao mesmo mês de 2020.
Além disso, disse que há 367 infectados “na lista de espera” por leitos hospitalares, nas províncias de Pichincha (cuja capital é Quito), Guayas e Manabí, as mais atingidas.
Entre as recomendações do COE estão: impor estratégias para reduzir multidões, limitar a mobilidade, controlar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso adequado do espaço público.
O município do porto de Guayaquil (capital de Guayas, sudoeste), uma das primeiras fontes da pandemia na região, impôs medidas restritivas no domingo, como proibir o tráfego noturno de veículos até 9 de abril.
O país mantém suas fronteiras terrestres e marítimas fechadas há um ano e as aulas presenciais foram suspensas.
AFP