Períodos de apatia econômica podem ser a perfeita oportunidade para revisitar e amadurecer a estratégia de marca, uma grande chance para reavaliar a melhor forma de ganhar eficiência e produtividade, além de fortalecer um diferencial perante os concorrentes. É hora de analisar friamente a empresa, competidores, mercados estratégicos e clientes, para entender se estes tendem a se comportar diferentemente em momentos como os dias atuais.
Gabriel Rossi, professor da ESPM e diretor da Gabriel Rossi Consultoria de Marketing, separou cinco dicas para driblar a crise e obter o lucro:
1) Segmentação: As lições para economia em recessão são claras. As empresas devem segmentar seus consumidores e focar nos mais lucrativos e influentes. Quem são eles? Como se sabe isso? É fundamental entende-los. Qual a sensibilidade dos clientes aos fatores de qualidade, narrativa, entrega, preços… Existem novos segmentos de mercado a serem traçados? Se houver, quem são e como são esses potenciais consumidores? É preciso decidir qual público atingir, estudar suas características e conhecê-lo a fundo. Com este perfil em mãos, o empreendedor não apenas saberá com quem está falando, mas como e o que falar e por quais ferramentas.
2) Pós venda: A gestão das mídias sociais tornou-se uma parte essencial no desenvolvimento do negócio. É um momento para descobrir e impor os diferenciais frente aos concorrentes e o mercado. Ações que vem se mostrando positivas nas redes sociais são as de relacionamento e pós venda. Muitos cometem o erro crasso de acreditar que o marketing termina quando a venda é efetivada. Puro equívoco! Continuando sua história com o cliente de uma maneira singular, você construirá laços que gerarão incremento nas vendas, indicação via comunicação boca a boca e , sem contar, os insights e feedbacks que eles lhe darão.
3) Usar o passado como ferramenta do presente: As pessoas tornam-se nostálgicas em momentos difíceis. Nós, consumidores contemporâneos, tendemos a acreditar que dias do passado são dias melhores. As pessoas sentem carinho por lugares e objetos que evocam e remetem tempos mais saudosos e aprazíveis. São produtos e peças de comunicação que representam integridade, estabilidade e felicidade. Nesses casos, as marcas tentam ajudar seu público a se sentir bem em relação ao mundo.
4) Estimule o “boca a boca” focando no básico: Os consumidores estão cada vez mais mutantes, requerendo dinamismo por parte das empresas. Os princípios fundamentais e cardiais do marketing continuam presentes e se amplificam. O “boca a boca”, o santo graal do marketing, nunca esteve tão em evidência, pois tudo aquilo que é falado sobre a empresa fica guardado para a posteridade em rastros digitais. Por isso, estimular debate é fundamental. Também é importante lembrar que a melhor fórmula para o sucesso é sempre focar no básico, em humanizar seu atendimento e criar um contato direto com o consumidor.
5) Economia Colaborativa: a tendência veio para ficar, especialmente porque é regida por três grandes forças: social (as pessoas compartilham mais, por exemplo), econômica (escassez de recursos) e tecnológica (ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se conecta com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes). Um mercado está surgindo. A ruptura continua. As corporações ainda podem escolher em qual lado da história querem estar. E aí se incluem os taxistas. Fazer parte dessa revolução repensando modelos de negócios e fomentando essas iniciativas (encontrando uma denominador comum para o tipo de retorno que espera) ou assistir de camarote e provavelmente serem guilhotinados? É um caminho sem volta.