Pedro Augusto
Após algumas edições sem graça, com públicos pequenos e várias críticas por parte dos torcedores e da própria imprensa, o Campeonato Pernambucano de Futebol terá uma nova fórmula de disputa. Em Conselho Arbitral realizado na tarde da última terça-feira (3), na sede da FPF, no Recife, os representantes dos clubes que estão garantidos na Série A1 votaram a proposta a ser utilizada a partir de 2018. A maioria dos presentes, ou melhor, todos os times do Interior optaram pela sugestão 2 contra a escolha do trio de ferro da capital que preferiu a proposta 1.
Sendo assim, no próximo torneio, as 11 equipes participantes – Sport, Santa Cruz, Náutico, Central, Salgueiro, América, Flamengo de Arcoverde, Belo Jardim, Afogados, Vitória, além do campeão da Série A2 – se enfrentarão na primeira fase em jogos de ida. Ao todo, nesta etapa inicial, cada time fará dez partidas, sendo cinco como mandantes. De acordo com o novo regulamento aprovado, os dois clubes que obtiverem as piores campanhas estarão automaticamente rebaixados para a 2ª Divisão. Por outro lado, os oito melhores classificados disputarão o mata-mata das quartas de final.
Vale ressaltar que, tanto nas quartas como nas semifinais, os vencedores dos confrontos sairão a partir da realização de uma única partida, tendo os times com as melhores campanhas como mandantes. Em contrapartida, na grande decisão, os finalistas medirão forças em jogos de ida e de volta. Ao todo, o campeão pernambucano entrará em campo por 14 vezes. Lembrando ainda que, com o novo formato do Nordestão, apenas o campeão estadual se classificará para este regional – no caso, à edição de 2019. As outras duas vagas serão designadas para os times locais mais bem colocados no ranking da CBF.
Presente no Conselho Arbitral, o presidente do Vitória, Paulo Roberto, foi um dos cartolas a elogiar o novo formato de disputa do Estadual. “Acredito que vai beneficiar o futebol de Pernambuco num todo. Vai proporcionar maiores condições aos clubes do Interior. De participar com a segurança que pode ir até a final do campeonato.”
Por outro lado, o vice-presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, questionou a proposta aprovada. “O futebol pernambucano está andando para trás. De 11 equipes passarem oito… Quartas de final e semifinais disputadas em apenas um jogo… Acaba tirando o senso de justiça da competição e abrindo espaço para imprevisibilidades.”