Estagiários não servem apenas para levar a culpa. O espírito curioso dos jovens tem sido usado para acelerar o crescimento das empresas e analisar os processos internos, propondo melhorias – área chamada de Growth (crescimento). Na Ecommet, startup brasileira que facilita e aumenta as vendas de empresas dentro de marketplaces – e fatura R$ 20 milhões por ano – a área é composta por dois estudantes de Engenharia da Poli-USP. Os jovens de 22 anos atuam como “detetives”, monitorando de conta de luz a atendimento ao cliente – buscando aprimorar os processos.
Os “investigadores” têm aval da diretoria para analisar tudo. “Eles apontam as falhas e propõem as soluções. Quando um problema é aprovado para ser tratado, todos os envolvidos se reúnem. As mudanças são analisadas, fiscalizadas e mensuradas”, explica Frederico Flores, CEO da Ecommet. Na startup, eles identificaram gargalos no processo entre a venda e a cobrança e em políticas de cancelamento, por exemplo. O resultado veio rápido: em três meses, aumento de mais de 20% no faturamento. “Além de ser um trabalho bastante motivador para eles, é um olhar de fora, jovem e cheio de vontade para fazer acontecer”, explica.