ETE aguarda por início de reparos

Pedro Augusto

Mal foi inaugurada – há apenas dois anos e sete meses – e a Escola Técnica Estadual Ministro Fernando Lyra, no Bairro Cidade Alta, em Caruaru, já terá de passar por reformas em caráter de urgência. Tais intervenções serão necessárias devido aos vários problemas apresentados em relação à estrutura física do local. Devido às rachaduras, fissuras, infiltrações e danificações identificadas durante realização de perícia, na segunda quinzena do mês passado, a Defesa Civil de Caruaru decidiu interditar as áreas afetadas notificando ainda o Governo do Estado, que é o responsável pela manutenção da unidade, para que soluções fossem tomadas o mais rápido possível.

Por meio de nota, o governo, através da Secretaria Estadual de Educação e Esportes, confirmou que as requalificações serão iniciadas neste mês. “A SEE informa que o processo licitatório para realização das reformas na ETE Ministro Fernando Lyra, em Caruaru, já foi finalizado e as obras de reparo na estrutura da escola iniciam agora em novembro”.

A Escola Fernando Lyra encontra-se com partes de sua área territorial interditadas desde o último dia 18. Esta semana, a Defesa Civil de Caruaru divulgou o laudo técnico, que foi elaborado, apontando as reformas que necessitam ser feitas na unidade. “Todos os problemas foram percebidos na alvenaria, ou seja, nos pisos, nas paredes e nos galpões. Quanto à superestrutura do espaço, a exemplo das colunas, vigas e lajes, pelo menos até agora esta última permanece intacta. Isso quer dizer que até a elaboração do nosso laudo não há risco de desabamento”, comentou o coordenador da Defesa Civil, Kleber Aleksander.

Em entrevista concedida ao VANGUARDA, na tarde da última quarta-feira (6), o coordenador ainda explicou os fatores que teriam provocado os vários danos percebidos em tão pouco tempo de operação da ETE. “Essa escola foi construída numa região inclinada, ou seja, para criar uma estrutura plana, durante a construção da unidade, a empresa contratada precisou fazer o aterro do solo. Entendemos que, neste período de implantação, pode ter havido um estudo inadequado do mesmo, bem como a técnica de compactação empregada também pode ter sido ineficiente. Consequentemente, assim que o solo absorveu certo volume maior de água, aconteceram os recalques (afundamentos), que puderam ser percebidos, através das rachaduras, fissuras etc.”

Conforme imagens fotográficas repassadas à reportagem, atualmente o espaço encontra-se com problemas estruturais no hall de entrada, na rampa de acesso na quadra poliesportiva, nas paredes dos banheiros, bem como em alguns trechos do piso. Tais transtornos, como não poderia ser diferente, vêm preocupando bastante pais e alunos da unidade, que se encontram aguardando ansiosamente pelo início das obras. “Procuramos a Defesa Civil a fim de que haja uma solução definitiva em relação a esses problemas da escola. Soubemos de relatos de que esses transtornos vêm se estendendo desde 2017. Estamos bastante preocupados porque os nossos bens mais preciosos (filhos) se encontram estudando nesta escola”, lamentou o funcionário público, Márcio Araújo.

Devido ao caráter de urgência e à repercussão negativa do caso, a tendência é de que o Governo do Estado inicie a série de reparos no local já no início desta semana. É o que espera uma estudante de 18 anos do espaço, que preferiu ficar no anonimato. “As aulas continuaram porque, segundo informaram, ainda não há risco de desabamento. Mesmo assim, estou vindo para cá sempre com medo. Só ficarei mais tranquila quando a obra sair do papel.”

A estimativa é de que as intervenções sejam feitas no período de quatro meses. “Nossa recomendação é que a obra seja iniciada antes do começo das chuvas de verão para que não haja prejuízos maiores”, finalizou Kleber Aleksander.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *