Ex-presidente da Câmara e ministro do TCU são alvos de busca e apreensão na Lava Jato

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Em mais uma ação dentro da Operação Lava Jato, a Polícia Federal realizou, na manhã desta segunda-feira (5), buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) e ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator dos processos relacionados à Lava Jato na corte.
A abertura de inquérito para investigar a participação dos dois na Lava Jato veio logo após a delação premiada do ex-senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), em maio de 2016. Para a Procuradoria-Geral da República, que enviou o pedido de abertura de inquérito ao Supremo, os fatos descritos por Delcídio indicam que os dois cometeram crimes de concussão ou corrupção passiva.

As suspeitas são de que Maia e Rêgo cobraram propinas de empreiteiros da Petrobras no intuito de impedir convocações na CPI mista do Congresso Nacional, em 2014, e que já investigava as suspeitas de irregularidades na estatal. Na ocasião, Vital do Regô foi presidente da CPI mista da Petrobras e Maia relator. Ex-senador do PMDB e integrante do grupo de Renan Calheiros (PMDB-AL), Vital do Rêgo passou a exercer função de ministro do TCU em 2014. Marco Maia presidiu a Câmara entre 2011 e 2012.

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro afirmou que pagou R$ 3,8 milhões aos parlamentares para evitar convocações e abafar o caso. O ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso na Lava Jato, também é acusado de ter recebido parte da quantia. Os mandados de busca e apreensão estão sendo realizados, nesta segunda-feira (5), em Brasília, em Porto Alegre, Canoas (RS), João Pessoa e Campina Grande (PB).

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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