Expectativas para setor têxtil e de confecção marcam reunião do Conselho Empresarial da FIEPE no Agreste

Nesta terça-feira (14), em Caruaru, a Unidade Regional Agreste (URA) da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) deu início ao calendário anual de reuniões do seu Conselho Empresarial. Em pauta, além da abordagem da atual conjuntura econômica e da avaliação do ano que passou, os empresários debateram sobre as expectativas para o setor têxtil e de confecção em 2023.

O economista da FIEPE, Cézar Andrade, destacou a queda na produção industrial, em 2022, no estado de Pernambuco. “A indústria produziu 2,3% menos do que havia produzido em 2021. Isso se deu por vários fatores. O principal é que o empresário industrial está com dificuldade em conseguir matéria-prima e, quando consegue, o custo é muito elevado. Isso acaba diminuindo a produção e deixando ela mais cara. Aliado a isso, temos o problema da alta da inflação. A população está consumindo menos e, por consequência, o comércio encomenda menos da indústria”, analisou.

Cezar Andrade também frisou que, apesar das dificuldades, o setor de alimentos está se sobressaindo. “É um setor essencial, então, mesmo que a comida esteja cara, a população não vai deixar de consumir porque precisa de alimento para sobreviver”. Porém, o economista da FIEPE pontuou que o carnaval pode iniciar a melhoria desse cenário para o ano. “Temos uma perspectiva de melhora para os próximos meses por causa da movimentação do carnaval. A festa afeta bastante o setor têxtil, pois é natural que o consumo da população e, consequentemente, a produção industrial aumentem nessa época”.

Ainda em relação ao setor têxtil e de confecção, o diretor regional da FIEPE, João Bezerra, apresentou um balanço de 2022 e falou sobre as expectativas para 2023: “Avaliar o ano que passou é fundamental para a adotarmos medidas que impulsionem essa indústria que é a principal geradora de emprego e renda da região Agreste. Contar com a avaliação especializada da Federação é muito importante para os empresários entenderem quais são as expectativas e pensem em ideias para alavancar o setor e não só retomar a produção de 2021, mas superá-la”, finalizou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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