Extinção de 60 mil cargos públicos mira datilógrafos e digitadores

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Em decreto publicado no “Diário Oficial da União” nesta quarta-feira (10), o governo extinguiu 60,9 mil cargos públicos da administração federal considerados obsoletos ou que passaram a ser realizados através de terceirização. O presidente Michel Temer assinou o decreto nesta terça.

“A iniciativa contribui para tornar a arquitetura de cargos e carreiras mais adequada às necessidades atuais e futuras da administração pública”, afirmou o Ministério do Planejamento em nota. De acordo com a pasta, entre os cargos extintos estão telefonista, editor de videotape, assistente de som, datilógrafo e digitador.

Do total de cargos eliminados pelo decreto, 37,8 mil estão vagos. Os demais, que representam 6% do total de servidores federais, ainda estão ocupados, e serão extintos conforme forem vagando. Atualmente, há 635 mil servidores públicos na administração federal.

De acordo com o Planejamento, além de carreiras obsoletas serão extintos também cargos que passaram a ser feitos através da contratação indireta de serviços.

“A identificação dos cargos descritos no decreto levou em conta sua falta de correspondência com a realidade do trabalho contemporâneo, como nos casos dos cargos de datilógrafos e digitadores. Constam também cargos cujas atividades passaram a ser realizadas pela contratação indireta de serviços, o que se aplica, por exemplo, a motoristas e telefonistas”, disse a pasta em nota.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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