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Está em quatro o número de notificações de febre amarela (FA) em Pernambuco este ano. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) incluiu, na quinta-feira (25), uma criança de 5 anos como mais um caso suspeito. A menina é filha de um morador de 45 anos de Bezerros, no Agreste do Estado, que está sendo investigado para FA desde essa quarta-feira (24) como antecipou a Folha de Pernambuco. Ele, a esposa e a criança estiveram em Mairiporã (SP), no mês de dezembro. Nenhum deles tomou a vacina contra a enfermidade antes de viajar.
Pai e filha foram atendidos nessa quinta no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, referência estadual em infectologia. Na unidade, ambos foram avaliados e tiveram amostra de sangue coletada para a confirmação laboratorial da hipótese de febre amarela. Outras doenças como hepatites, dengue e leptospirose também serão investigadas já que os sinais entre elas se parecem. O material foi enviado para o laboratório de referência nacional em FA. Os dois já tiveram alta e voltaram para Bezerros, onde serão acompanhados por uma equipe de saúde local, mas em casa.
Pai e filha tiveram febre, vômitos e dores abdominais na volta de Mairiporã. Na criança, os sintomas foram mais brandos e, em cinco dias, houve melhora. O pai teve um quadro mais forte da sintomalogia. Ele também perdeu 11 quilos e permanecia com queixas de mal-estar, febre e fadiga por um período mais longo. No começo da semana, o homem buscou atendimento num posto de saúde de Bezerros, quando houve a suspeita da doença. Exames de sangue indicaram problemas em enzimas do fígado, o que acendeu o alerta para a FA. A equipe técnica da SES foi a Bezerros para seguir com a investigação dos casos e para apoiar as ações de vigilância.
Desde o início do mês, o Estado começou acompanhar alguns pacientes com suspeita da doença, mas, até agora, as sorologias realizadas deram negativo para a febre amarela. A primeira notificação foi a de uma mulher de 37 anos, que também teve passagem por Mairiporã. O segundo foi o de um homem de 54 anos, residente no Distrito Federal, que havia passado por áreas endêmicas na Bahia e também teve queixa de febre na estadia no Recife, mas ele tinha vacinação em dia para a doença.