Feira deverá contar com nova realidade em maio

Pedro Augusto

Atualmente Caruaru vem recebendo diversos investimentos, através dos recursos do Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), que é um produto da Caixa Econômica Federal e foi captado pela gestão municipal. Do montante de R$ 83 milhões, que correspondeu ao empréstimo concedido à PMC pela Caixa, quase cinco milhões estão sendo empregados na obra de requalificação da feira livre dos bairros Boa Vista I e II. Iniciada no último mês de setembro, esta última já se encontra com cerca de 60% de suas intervenções concluídas, tendo prazo para ser totalmente finalizada já no próximo mês de maio. De acordo com o secretário municipal de Obras, Rodrigo Miranda, tal projeto vem sendo posto em prática no seu curso normal sem qualquer interrupção.

Em entrevista concedida esta semana ao VANGUARDA, ele destacou o bom andamento das requalificações. “Realmente a obra vem seguindo o seu ritmo habitual, ou seja, sem nenhum transtorno. Vale ressaltar que, após negociações com os feirantes locais, demos início ao conjunto de intervenções sem provocar qualquer prejuízo no que se refere às atividades dos mesmos. Os dias da feira vêm ocorrendo nas suas datas tradicionais e com a presença de todos os comerciantes nos seus respectivos bancos. Isso porque temos intensificado as requalificações de segunda a quinta-feira, suspendendo-as de forma interina de sexta-feira até o domingo – intervalo este destinado às negociações do local.”

O projeto de requalificação da feira do Boa Vista I e II determina investimentos nos pisos e nas calçadas, bem como a implantação de cobertas metálicas, quiosques, baterias de banheiros, tratamento paisagístico, além de instalações elétricas e de iluminação numa área territorial de 18.350 metros quadrados. Em paralelo, ele ainda estipula a implantação de mais equipamentos de esporte e de lazer no entorno do campo de areia que fica integrado ao pátio da feira, a ampliação da tradicional pista de cooper, além da instalação de mais quiosques e mesas de convivência.

“Esses 60% de obra já concluídos correspondem ao término de todas as fundações, que foi a parte mais complicada da mesma, ao erguimento de todos os pilares, bem como à instalação das cobertas que já se encontra em ritmo acelerado. Também nos encontramos bastante próximos de finalizar alguns banheiros e quiosques. Além disso, encomendamos as telhas necessárias, sem falar na finalização da infraestrutura elétrica. Os próximos passos serão a implantação da iluminação, a realização da drenagem, além do recapeamento em toda a área. A expectativa é de entregarmos esse equipamento totalmente requalificado à população ainda neste primeiro semestre”, acrescentou Rodrigo.

Para o secretário, a nova realidade da feira do Boa Vista I e II propiciará benefícios a vários setores dos dois bairros. “Em relação à economia, com a requalificação, com certeza, os produtos dos feirantes serão valorizados, haja vista que não só eles, mas também os próprios consumidores passarão a contar com um espaço mais confortável e adequado para comercializações. Ainda neste contexto, não temos dúvidas de que os demais comércios daquela área específica da cidade poderão se desenvolver ainda mais a partir do momento em que passarão a ser impulsionados por um empreendimento estruturado e moderno. Outro setor que vai ser contemplado será o de esporte e de lazer, haja vista que o projeto determina a instalação de diversos equipamentos importantes para a sua prática”, ressaltou.

Como não poderia ser diferente, moradores dos bairros Boa Vista I e II e adjacências estão contando as horas para que esta obra de requalificação seja finalizada. Para a idosa Maria de Lurdes, a dona Lurdinha, que reside na Rua Vertentes há mais de 40 anos, tal investimento ainda não tinha sido presenciado no local. “Nenhum prefeito fez o que Raquel Lyra está fazendo no Boa Vista I e II. Quem frequenta a nossa feira sabe muito bem da imundice que ela é devido à falta de investimentos. Não é de hoje que algo deveria ter sido feito para melhorar a situação dela, mas pelo menos agora, a expectativa é das coisas, finalmente, melhorarem!.”

Moradora do Loteamento Novo Mundo, a dona de casa Maria José afirmou muitas vezes de ter deixado de consumir na feira por causa da falta de condições adequadas. “Só comprava por aqui quando não tinha outro jeito, porque a sujeira era total. Sem falar na falta de banheiros, de iluminação, ou seja, de uma série de aspectos que são importantes para os frequentadores. Acredito que, após a conclusão dessa obra, o espaço ficará mais organizado e todos só têm a ganhar com isso!”, afirmou. A feira funciona sempre nos finais de semana com a operação de 800 bancos.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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