O deputado federal Fernando Rodoldo (PL) justificou seu voto favorável à Reforma da Previdência, afirmando que apoiou ‘sem demagogia’ e para evitar ‘uma quebradeira’ no sistema nos próximos anos. “Pensei no futuro dos aposentados. Para não chegar daqui a alguns anos e as pessoas não ficarem sem receber. É isso que vai ocorrer se a reforma não passar. Ainda tem o segundo turno e o Senado, mas um grande passo já foi dado”, argumentou.
Ele admitiu que algumas concessões tiveram que ser feitas para criar e melhorar o ambiente político na Câmara dos Deputados, entre os partidos da base e também da oposição. “Entre as concessões, estão o BPC (Beneficio de Prestação Continuada), a aposentadoria rural e a questão dos aposentados. Fernando Rodolfo disse ainda que não acredita em mudança ou inclusão de estados e municípios na proposta já aprovada quando ela chegar ao Senado.
O segundo turno da votação será logo após a volta do recesso e Fernando Rodolfo negou que a votação do segundo turno da reforma esteja atrelado a pagamento de emendas parlamentares. “Existem ritos para serem seguidos entre uma votação e outra. Para esse tema, não houve toma lá da cá”, afirmou.
Ele também disse acreditar que não haverá mais alteração no texto aprovado pelos deputados. “Se houver inclusão de estados e municípios no Senado, o projeto volta para a Câmara. Acredito que não existe ambiente para isso no momento. O texto deve ser aprovado do jeito que sair da Câmara”, analisou.
Fernando Rodolfo fez uma análise do governo de Jair Bolsonaro avaliando de forma positiva os seis primeiros meses do capitão do Exército à frente do Palácio do Planalto. “Na minha opinião, Bolsonaro consegue uma nota oito. Ele tem se esforçado para fazer um bom governo e as mudanças que o país precisa. São mudanças duras e necessárias”, justificou. Indagado sobre as ofensas do presidente aos nordestinos e à minoria, como gays e lésbicas, o parlamentar disse que o presidente errou, mas ações de governo devem mudar o país e gerar empregos.
Em relação ao governo de Paulo Câmara, Fernando Rodolfo foi muito crítico. “Vou ser educado e, para não dizer que sou radical, vou dar nota três”, disse. O deputado criticou ainda a forma de perseguição que o governador tem com a gestão da prefeita Raquel Lyra e criticou o pouco repasse para os festejos juninos. “O que ele ofereceu foi uma esmola. R$ 400 mil que o Governo do Estado anunciou para o São João de Caruaru não paga a alimentação da Polícia Militar. Se eu fosse a prefeita, não teria aceitado”, disparou.
Já em relação ao Governo Municipal, Fernando Rodolfo disse que Raquel consegue ficar entre a nota sete e oito. “Ela teve dificuldades no primeiro ano. Encontrou a casa desorganizada e agora começa a mostrar o seu trabalho. O reconhecimento já é visto nas ruas”, avaliou.