Realizado pelo Coletivo Feminista Desabrochar e financiado pela Lei Aldir Blanc do estado de Pernambuco, o Festival Mojubá chega à sua segunda edição com debate e apresentações culturais, que ocorrem nos dias 2 e 3 de março. Todo o evento será transmitido pelo YouTube do Coletivo, a partir das 19h30.
De acordo com a organização, a ideia do festival é incentivar o protagonismo e o trabalho de artistas negras e negros do interior de Pernambuco, em especial da cidade de Belo Jardim, Agreste do Estado.
No primeiro dia, a cantora e produtora Maéve irá mediar um debate ao vivo entre outras quatro artistas belo-jardinenses. As artesãs Luiza dos Tatus e Gel da Silva, e as musicistas Lilian Danila e Nádia Almeida compõem a mesa redonda para discutir a resistência das artistas negras no Agreste de Pernambuco.
Já no dia 3 de março, as apresentações culturais serão transmitidas em um formato de documentário, gravado no dia 30 de janeiro no Quilombo do Barro Branco, zona rural de Belo Jardim. Fazem parte da programação do segundo dia o Ilê Asé Òsun Ipondá, a artista Aline Souza e a Associação Vida Jovem de Capoeira.
“Além das apresentações dos artistas, o documentário também traz falas dos convidados para registrar historicamente seus trabalhos e a cultura afro-brasileira produzida no interior. Inclusive, a liderança do Quilombo, Elaine Lima, também participa para contar a história do território”, explica a produtora executiva do projeto, Katharyne Bezerra.
História do Festival
Mojubá teve sua primeira edição em novembro de 2019, uma atividade proposta pelo Coletivo Desabrochar em alusão ao Dia da Consciência Negra. Naquele ano, o evento contou com apresentações culturais, exposições, debate e palestras em escolas públicas.
O nome do evento vem da língua Yorùbà e significa “eu te respeito” ou “eu te estimo”. Dessa forma, o Festival Mojubá é uma saudação à história, cultura e trabalho dos povos pretos do interior de Pernambuco.