A pedido do Ministério das Cidades, o Conselho Curador do FGTS ampliou nesta terça-feira o orçamento do fundo para habitação neste ano em R$ 28,857 bilhões, para R$ 96,957 bilhões.
Do total, R$ 24,2 bilhões vão reforçar a verba para o programa Minha Casa, Minha Vida, e outros R$ 4,64 bilhões serão destinados à linha de crédito habitacional Pró-Cotista, que atende trabalhadores que têm conta no Fundo.
Ao todo, a modalidade Pró-Cotista terá orçamento de R$ 11,35 bilhões, valor recorde, conforme antecipou O Globo.
A medida é uma alternativa à redução dos recursos da poupança, principal fonte de financiamento para a classe média. A taxa de juros é 8,66% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR) para imóveis de até R$ 1,5 milhão.
Com a Selic em 13,75%, os depósitos na poupança voltaram a ter rendimento fixo de 0,5%, ou 6,17% ao ano nominal, acrescido da taxa referencial (TR), o que deixa a remuneração mais baixa do que outros investimentos de renda fixa.
Por isso, muitas pessoas têm sacado recursos da poupança para aplicar em outros produtos. Assim sobra menos recursos para linhas de financiamento.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), nos primeiros cinco meses do ano, o volume financiado somou R$ 63,4 bilhões, redução de 9% em relação a igual período do ano passado.
O Globo