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O grupo ligado ao ex-presidente estadual do PR, Inocêncio Oliveira, destituído pela executiva nacional, ameaça desfiliação em massa após o segundo turno da eleição presidencial. Inocêncio afirmou, ontem, que a tendência é que todos os prefeitos, deputados estaduais e federais, além de vereadores da sigla no Estado, e que sejam ligados a ele, deixem o PR.

“Nós estamos aguardando. Vamos deixar que passe o segundo turno. A tendência é que o pessoal saia todo. Não ficará nenhum prefeito, deputado estadual ou federal”, afirmou. Inocêncio foi afastado da presidência do PR por não se alinhar à posição da nacional que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O republicano defende apoio ao tucano Aécio Neves. Em seu lugar assumiu o deputado federal reeleito Anderson Ferreira (PR).

Integrante do grupo de Inocêncio, o deputado Alberto Feitosa (PR) teceu duras críticas a Anderson Ferreira e disse que a única chance de evitar a debandada dos filiados seria se Ferreira devolvesse o cargo a Inocêncio. “Ele deveria ao menos dialogar e dizer que foi instituído presidente em um process atípico e espúrio. Caso não faça isso, vai ser um episódio muito ruim, politicamente para ele, uma desfiliação e massa”, comentou.

Wagner Gil

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.