Fraudes na Previdência de Orobó são alvo de operação

Uma organização criminosa voltada para fraudes contra o Instituto de Previdência do Município de Orobó (Ipreo), no Agreste de Pernambuco, foi o alvo da Operação Anticorrupção, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco nesta quarta-feira (7). O juiz da Comarca de Orobó, Daniel Silva Paiva, emitiu seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão domiciliar contra o grupo. As fraudes, segundo o promotor do Ministério Público, Rodrigo Altobello, são de pelo menos R$ 2,6 milhões. O chefe da organização criminosa era o próprio presidente do Instituto, Gustavo José da Silva, de 25 anos, que pediu exoneração do cargo assim que foi notificado. Outras cinco pessoas, familiares e amigos do presidente, também foram presas.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha é investigada por crimes de corrupção contra a administração pública, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Pelas investigações que tivemos acesso, tratava-se de uma organização constituída há pelo menos três anos, que utilizava valores vindos em benefício do instituto e desviavam em favor tanto do presidente [do instituto] quanto de amigos próximos”, explicou o promotor.

O presidente do instituto era quem escolhia os beneficiários irregulares. “Eram incluídos beneficiários que sequer têm idade para ser aposentados com valores que destoavam dos demais, de R$ 15 mil a R$ 25 mil”, acrescentou Altobello. Investigações comprovaram que os envolvidos no esquema eram todos amigos e costumavam postar fotos em redes sociais de viagens e passeios que faziam juntos.

“Com base nas investigações e notícias que alguns investigados estavam se desfazendo de provas, pedimos prisão e busca e apreensão, além de quebra de sigilo bancário e fiscal. Vamos investigar se esse valor é maior ou não, o buraco pode ser maior”, finalizou o promotor. Além do presidente, foram presos Miriam Gisele de Abreu, 24, esposa de Gustavo José, Jessica Celerino dos Santos, 25, Vanielly Priscila Rodrigues da Silva, 24, José Arthur Barbosa dos Santos, 26, e Jailson Flor da Silva, 22.

As investigações da operação tiveram início em agosto deste ano sob a presidência do delegado da 16ª Delegacia Seccional, Paulo Gondim, e contaram com a supervisão do Ministério Público de Pernambuco, através da Promotoria de Justiça de Orobó, e da Chefia de Polícia Civil.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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