A partir de uma denúncia, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) identificou uma ligação clandestina na Adutora de Vertentes, rede que transporta água para o abastecimento da cidade de Gravatá, na região Agreste. A água era furtada por meio de uma ligação irregular feita na adutora – com uma vazão de cinco litros de água, por segundo – e distribuída por uma tubulação com cerca de 150 metros de extensão para irrigar uma plantação de capim no Sítio Campininha, localizado na zona rural de Gravatá. A Compesa realizou a fiscalização, na sexta-feira (7) passada, com o apoio da Polícia Civil, no entanto, não havia ninguém na propriedade para realizar o flagrante.
Estima-se que o furto de água estava ocorrendo num período de um ano, possibilitando o desvio de quase 79 mil metros cúbicos de água, o que representa um prejuízo de R$ 325 mil reais. Para se ter uma ideia, esse volume de água furtado seria suficiente para a companhia abastecer 657 famílias, por mês, ao longo de 12 de meses.
A equipe da Compesa e a polícia civil recolheram toda a tubulação usada para o furto que foi encontrada dentro da propriedade. A companhia registrou o Boletim de Ocorrência e o proprietário vai responder na justiça pela prática criminosa. “Nesse período do verão, vamos intensificar a fiscalização ao longo da Adutora de Vertentes para coibir os furtos de água, ação que prejudica diretamente toda população”, informa Ricardo Malta, gerente de Unidade de Negócios da Compesa. A companhia não poderá multar o proprietário, tendo em vista que o mesmo não é cliente da Compesa.