A alegria e a liberdade ecoam em primeira canção de trabalho da artista caruaruense Gabi da Pele Preta, lançada nessa sexta-feira (26). O single Revolução abre portas para primeiro álbum da cantora. A música estreia também em videoclipe no YouTube, com imagens que celebram a vida como um direito e o bem viver como forma de revolução.
Composta especialmente para a artista pelo músico pernambucano Juliano Holanda, “Revolução” se apresenta como cartão de visitas de Gabi. A música é o seu primeiro trabalho de estúdio, e revela a força da mulher negra e pernambucana do Agreste. Com forte sonoridade afro brasileira e poética politizada, o single é um hino em prol do respeito, do amor próprio e dos afetos genuínos. O videoclipe endossa ainda mais esse movimento.
Filmado na cidade de Garanhuns, no Agreste pernambucano, a obra audiovisual, produzida por Stephany Metódio e dirigida por Eriko Renan, é um convite para dançar e abraçar o mundo. Diferentes belezas negras, gêneros e corpos aparecem dançando ao som da voz de Gabi, ostentando suas identidades e o orgulho de quem são. Uma reflexão audiovisual sobre ocupar espaços de forma livre e na plenitude de ser quem se é.
“Dançar é uma forma de libertação, uma forma de relacionar-se com nosso corpo-casa de forma ancestral. É resgatar o afeto por si, por outres e a potência de transformação que tudo isso carrega. Sobretudo nessa conjuntura de hostilidade e necropolítica”, comenta a artista. É esse ativismo que Gabi assume em sua jornada artística de quase 15 anos de carreira, na qual vem subindo em palcos por todo Pernambuco. Sua energia marcante na cena ao vivo agora se converge em voz e alma neste primeiro single.
Revolução é a primeira de quatro músicas que vão compor um EP, o primeiro álbum oficial da cantora. Atualmente em processo de produção, o trabalho chega ao público ainda em 2021. Assim Gabi da Pele Preta inicia novo momento na carreira – ainda mais apropriada de si, de sua voz, de sua poesia, de sua existência, fazendo da música um instrumento de construção de afetos, coletividade e alegria. “Tenho tanto para falar que canto”, diz ela.
Diario de Pernambuco