Gasto declarado em campanhas chega a R$ 2 bilhões

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, informou que os gastos declarados nas campanhas municipais de 2016 somam R$ 2,131 bilhões. Segundo o ministro, as campanhas estão mais modestas e mostram um aspecto positivo da reforma política aprovada pelo Congresso. O valor leva em conta apenas doações de pessoas físicas, já que neste ano estão proibidas doações de empresas.
“Os gastos declarados em 2012 foram de R$ 6,240 bilhões, e até agora, nesta eleição, sem doação de pessoa jurídica, temos R$ 2,131 bilhões. Uma diferença significativa. O que talvez reflita um caráter mais modesto da campanha com as mudanças ocorridas na legislação”, afirmou Gilmar Mendes.

Sobre a prática de caixa dois nas campanhas, Mendes ressaltou que a Operação Lava Jato mostrou que este tipo de financiamento continuou a funcionar. “Mas vamos admitir que, pelo menos no aspecto visual, os sinais mostram que as campanhas estão mais modestas. Isto é um dado positivo. Acho que houve redução de honorários, e de prolabore de marqueteiros”, completou.

Ocorrências

De acordo com o ministro Gilmar Mendes, até 13h20 deste domingo (2) houve a substituição de 2.331 urnas eletrônicas, o correspondente a 0,5309% do total. Não houve nenhuma seção eleitoral com votação manual. Disse ainda que não houve ataques de hackers às urnas eletrônicas. “É bom frisar que nós temos tido ataques à página do TSE na internet. Ontem nós tivemos cerca de 200 mil ataques à página do TSE, não às urnas”, destacou.

O TSE está atualizando informações a cada duas horas. De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que também acompanha a apuração dos votos no Tribunal, não houve qualquer alteração na situação dos 491 municípios que receberam tropas federais para assegurar o pleito de hoje. “Temos 25.400 efetivos militares alocados por solicitação da Justiça Federal. Montamos uma coordenação de controle e recebemos informações online. As únicas alterações registradas foram em São Luís, onde durante a madrugada três escolas foram alvos de coquetel molotov, que foram apagados e não comprometeu a votação”, disse.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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