A exoneração do ex-coordenador da Operação Lava-Jato Deltan Dallagnol foi publicada na edição do Diário Oficial da União de ontem. O documento cita que o procurador pediu a saída do cargo e que o posto está vago. Ele renunciou ao Ministério Público Federal (MPF) para apostar em uma carreira política.
O movimento de Dallagnol foi reprovado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, crítico ferrenho da Lava-Jato. “Alerto há alguns anos para a politização da persecução penal. A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos: tudo convergia para um propósito claro — e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta”, postou o magistrado nas redes sociais.
Ex-coordenador e porta-voz da Lava-Jato, Dallagnol viveu momentos de destaque na força-tarefa, mas se afastou após denúncias de excessos e da divulgação de mensagens trocadas entre ele, o então juiz Sergio Moro e outros procuradores.
Correio Braziliense