Apontado como possível candidato ao governo de Pernambuco, Gilson Machado, Ministro do Turismo, se coloca à disposição do presidente da república, Jair Bolsonaro (Sem partido), para uma possível candidatura. “Estou pronto para qualquer coisa que ele (Bolsonaro) determinar. Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada”, destacou, em entrevista com a Rádio Clube.
Gilson não revelou muito além da sua disposição, e, de acordo com o ministro, nem ele nem o presidente estão de olho na reeleição, apesar das motociatas e agendas populares em que Bolsonaro sempre participa indicarem o contrário. Único ministro pernambucano do governo Bolsonaro, Machado vem sendo cotado como nome para as eleições estaduais como forma de fortalecer uma possível tentativa de reeleição do presidente.
Até o momento, Bolsonaro ainda não tem um palanque montado em Pernambuco. Alguns pré-candidatos tentam aproximação, como a deputada Clarissa Tércio (PSC), que vem acenando para o presidente há alguns meses, na esperança de construir uma campanha sob o palanque dele. A deputada, inclusive, acompanhou Bolsonaro em quase todas as agendas de sua visita ao estado, no início de setembro.
Dependendo das articulações, a oposição em Pernambuco pode chegar até seis palanques, tendo até mesmo um do PT, caso a sigla não permaneça na Frente Popular, grupo comandado pelo PSB. O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), vem de uma família mais próxima de Bolsonaro e seria o nome mais perto do presidente dentro das candidaturas mais fortes. Anderson já foi cotado a concorrer pelo governo, mas, segundo especulações, Ferreira pode abrir mão da disputa para apoiar a candidatura da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), formando, junto com ela, o segundo dos seis possíveis palanques da oposição.
Outra chapa seria encabeçada pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), que se deslocou do MDB para o novo partido, fusão do DEM e o PSL, para poder concorrer ao governo, após sua casa inicial escolher permanecer na Frente Popular em 2022. Além disso, a oposição também pode ser composta por Clarissa Tércio (PSC), pré-candidata que já vem tentando articular ligação com Bolsonaro e mais uma chapa do PTB, possivelmente comandada pelo Coronel Meira. A sexta chapa seria composta pelo próprio Gilson Machado, ainda sem partido, caso Bolsonaro assim queira.
Diario de Pernambuco